O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (MG), indicou o escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda estou aqui”, para receber a Medalha Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados. A honraria é concedida a personalidades e entidades que tenham prestado serviços relevantes ao Legislativo ou ao Brasil.
“Enquanto indiciamentos ocorrem contra aqueles que atentaram contra a democracia, como se fossem fantasmas a nos assombrar – recentemente a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes do Exército por tentativa de golpe de Estado –, homenageamos aqueles que lutaram por um País mais justo, livre e democrático, ontem e hoje”, escreveu Odair Cunha em suas redes sociais.
Justificativa
Ao justificar a indicação, o parlamentar destacou a importância da produção artística e intelectual de Marcelo Rubens Paiva para a preservação da memória e da história política do Brasil. “O conjunto de sua obra, além de guardar grande relevância no cenário da cultura nacional, contribui para que o público conheça e não esqueça o que o arbítrio e o autoritarismo na política são capazes de provocar”, afirmou Odair.
Filme
O líder do PT também ressaltou que a autobiografia “Ainda Estou Aqui”, que narra o drama familiar do desaparecimento do pai do escritor, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar, foi recentemente adaptada para o cinema. O filme, dirigido por Walter Salles, conta com atuações de Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro.
“Marcelo Rubens Paiva tem se destacado ao longo de sua vida pública por se manifestar ostensivamente em favor da democracia e do Estado de Direito, contra todo tipo de injustiça social”, observou o parlamentar.
Marcelo Rubens Paiva é escritor, dramaturgo e jornalista, além de filho de Rubens Paiva, deputado cassado e morto pela ditadura militar. Sua obra, que inclui romances, relatos biográficos, peças teatrais e artigos jornalísticos, tem contribuído significativamente para contar a história recente do país de forma “profunda e contundente”, segundo Cunha.
Lorena Vale