Da tribuna da Câmara, o líder do PT, deputado Zeca Dirceu (PR), fez uma defesa contundente das decisões importantes que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem ajudado a construir para melhorar a vida dos brasileiros, principalmente daqueles que mais precisam e que estava sofrendo há muitos anos neste País. O discurso foi uma resposta a parlamentares da extrema-direita que têm, sistematicamente, insultado e ofendido representantes do governo Lula. Este tipo de atitude, na avaliação do líder, não deveria existir no plenário da Casa.
Como exemplo do trabalho grandioso do ministro, o líder citou a sua atuação na aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC do Bolsa Família). “Ele nem tinha tomado posse ainda, em dezembro passado, mas teve papel decisivo – ele e o presidente Lula, ao lado de outros líderes – para validar, para chancelar o acordo que aprovou a PEC do Bolsa Família, a PEC da Transição”.
Se hoje, segundo o líder, o governo tem mais R$ 10 bilhões para investir na educação, se hoje tem obras de creches e escolas que estavam há 4 anos, há 5 anos, há 6 anos abandonadas e que estão sendo concluídas foi porque Fernando Haddad veio e deu o apoio dele, com participação até na articulação política necessária naquele momento.
“Se tem algum que deixaria de receber, no dia 31 de dezembro, os R$ 600, porque o governo anterior mentiu, não se preparou para disponibilizar esse valor. Se estas pessoas estão recebendo os R$ 600 e mais R$ 150 por crianças e R$ 50 a mais por cada jovem e por cada gestante garantido, foi porque o Haddad, ao lado do presidente Lula tem sensibilidade humana e pensa em quem está passando fome neste País”.
Zeca Dirceu disse que o povo que passa fome neste País foi ignorado nos últimos anos. “Nós estávamos diante de uma maioria formada aqui e de um governo insensível, sem zelo sequer com quem passa fome”, criticou.
Novo arcabouço fiscal
O líder do PT informou que o ministro Haddad está preparando e vai apresentar ao País o novo arcabouço fiscal, “para fazer morderem a língua aqueles que achavam que o nosso governo não teria responsabilidade”. Ele acrescentou que o presidente Lula tem história. “Ele governou este País por 8 anos e, em nenhum momento, agiu com qualquer tipo de falta de zelo no cuidado fiscal. Nos 8 anos do presidente Lula, o nosso governo teve superávit — sempre gastava menos do que arrecadava —, honrou contratos, respeitou os princípios básicos da economia”, frisou.
Zeca Dirceu disse ainda que poderia ficar horas falando sobre o ministro Fernando Haddad, “não só da sua história, não só das suas qualidades, mas de decisões concretas”. Era sobre isto, segundo o líder, que o Congresso deveria se debruçar: “falar dos temas que mexem com a vida das pessoas, falar de emprego”.
Presidente do Banco Central
O deputado citou o exemplo do Senado, que hoje aprovou convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareça à Casa legislativa. “O Senado fez o que nós aqui ainda não fizemos. Se direita e esquerda chegassem a um bom termo, se as ofensas não fossem algo permanente de uma parte, talvez nós tivéssemos o protagonismo que o Senado está tendo, com a presença programada para os próximos dias do presidente do Banco Central. O Senado vai fazer o que nós deveríamos ter feito, vai discutir os juros, vai questionar alguém que é autoridade do País e que, como qualquer outra, como todos nós, tem que prestar contas”, afirmou.
Então, concluiu Zeca Dirceu, “espero que o campo da ofensa, das calúnias, das mentiras, das fake news e até de certa possibilidade de agressão física não prospere aqui”.
Vânia Rodrigues