O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), destacou a importância da aprovação da medida provisória (MP 532/11), que garantiu o fortalecimento dos Correios. Segundo ele, a medida insere-se na política do governo de fortalecimento das empresas estatais, como ocorre desde 2003, com o governo do PT e aliados. Ele observou que essa política é o oposto da implementada pela oposição quando era governo, no período FHC (1995-2002).
Ele lembrou que o governo FHC realizou privatizações antinacionais, como a da Companhia da Vale do Rio Doce e o setor de telecomunicações. “Foi um crime vender a Vale do Rio Doce. Ela seria lucrativa, sendo pública ou estatal”, disse o líder.
Quanto às telecomunicações, Paulo Teixeira lembrou que os tucanos privatizaram um setor estratégico por preços irrisórios, num momento de mudança de paradigma tecnológico. “Não foi o modelo tucano , mas as novas tecnologias que garantiram acesso ao telefone a milhões de pessoas, no Brasil e no mundo”, disse. Recordou também que as privatizações de FHC entregaram patrimônio público a empresas estrangeiras ” em detrimento de empresas nacionais”.
Dominação – No caso específico da ECT, o líder lembrou que o governo FHC tentou fatiá-la e enfraquecê-la, a exemplo do que fez com outras empresas. “A MP 532 fortalece a ECT , a mantém sob controle público e lhe permite entrar no mercado lucrativo, que é o mercado de encomendas, hoje dominado, no Brasil, por empresas estrangeiras, que detêm mais de 60% desse mercado”. A MP vai permitir que os Correios adquiram outras empresas e possa crescer.
Paulo Teixeira observou que outras empresas estatais e públicas – como a Petrobras e o Banco do Brasil – têm os mesmos poderes de atuar nesse mercado competitivo. “Os servidores da ECT trabalharão numa empresa forte”, disse. Foi graças à visão da importância estratégica de empresas como a Petrobras que o Brasil tem hoje condições de explorar a camada do pré-sal, lembrou.
Paulo Teixeira também rebateu as constantes criticas da oposição ao governo Dilma e sua insistência em temas de moralidade pública. O líder disse que a presidenta implementa um programa de governo para garantir o crescimento econômico com distribuição de renda e justiça social. No tocante a denúncias de supostas irregularidades, disse que o governo tem tomado todas as medidas para apurá-las. “A oposição tem uma agenda vazia, deixe a Dilma trabalhar, para que possa enfrentar a agenda necessária para o Brasil”, enfatizou. Ele criticou também a oposição por querer monopolizar a bandeira ética; “Essa bandeira pertence a todos os partidos “, disse.
Equipe Informes
