Em artigo publicado no site Brasil 247, o deputado Leo de Brito (PT-AC) analisa a vitória da judoca brasileira Rafaela Silva nos Jogos Olímpicos de 2016, que conquistou o primeiro ouro para o Brasil. “Investir nas pessoas, e não no mercado, é o segredo do sucesso dessa Olimpíada. Exemplo disso é Rafaela, que recebeu, com outros (as) quase 900 esportistas, o auxílio do Programa Bolsa Atleta, instituído em março de 2011 pelo Governo Federal”, diz o deputado no artigo.
Esse investimento, continuou Leo de Brito, vem de longo. “Começou exatamente no dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague, quando o então presidente Lula fez uma defesa veemente junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e venceu as fortes concorrentes Tóquio, Chicago e Madri na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos em 2016”.
Para Leo de Brito, sem o esforço de Lula e de Dilma, não teríamos a Olimpíada no Brasil. “Uma conquista que não é só brasileira, mas de toda a América Latina”, afirma o deputado, citando o mesmo argumento utilizando pelo então presidente Lula quando defendeu a realização dos jogos no nosso País.
Leia a seguir a íntegra do artigo
Olímpiada resgata o Brasil que escolhemos
Na tarde da última segunda-feira (8), a judoca brasileira Rafaela Silva, 24 anos, conquistou o primeiro ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016. Rafaela nasceu na Cidade de Deus, favela com um dos piores índices sociais do Rio de Janeiro, a apenas oito quilômetros do parque Olímpico e do elegante bairro da Tijuca.
A vitória de Rafaela – e de outros (as) atletas brasileiros (as) que com certeza subirão ao pódio até o final do certame – reforça diante do mundo o potencial e a garra de uma população que vem sendo mundialmente desmoralizada pela conduta de uma minoria política oportunista.
O Rio já havia sido o centro das atenções globais na abertura dos Jogos, dia 5. A imprensa internacional, que desde o afastamento da presidenta Dilma Rousseff economiza críticas positivas ao País, definiu como “vibrante” e “criativo” o espetáculo de abertura do evento, e aplaudiu a presença no eixo temático de valores como diversidade, tolerância, inclusão e desafio ambiental.
Investir nas pessoas, e não no mercado, é o segredo do sucesso dessa Olimpíada. Exemplo disso é Rafaela, que recebeu, com outros (as) quase 900 esportistas, o auxílio do Programa Bolsa Atleta, instituído em março de 2011 pelo Governo Federal.
Esse investimento, vale lembrar, vem de longe. Tudo começou exatamente no dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague, quando o então presidente Lula fez uma defesa veemente junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e venceu as fortes concorrentes Tóquio, Chicago e Madri na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos em 2016.
Sem o esforço de Lula e de Dilma, não teríamos a Olimpíada no Brasil – uma conquista que não é só brasileira, mas de toda a América Latina. “Essa candidatura não é só nossa. É também de um continente com quase 400 milhões de homens e mulheres e cerca de 180 milhões de jovens. Um continente que nunca sediou os Jogos Olímpicos. Está na hora de corrigir esse desequilíbrio”, disse Lula, na defesa que trouxe para o Rio de Janeiro os Jogos de 2016.
Nem Lula, nem Dilma, estavam no Maracanã para assistir à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Um fato triste para o País, mas que não poderá esconder o grande mérito de ambos, como governantes, e de uma população determinada e perseverante para a realização desta grande festa.
Já o Brasil de 2016, como lembra a escritora e jornalista Eliane Brum, “chega à Olimpíada sem cara”. Um Brasil sem presidente, e sim um interino que por medo de ser chamado de golpista não o deixa ser anunciado e mesmo assim leva uma sonora vaia.
Leo de Brito é deputado pelo PT do Acre e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara
Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara