A defesa da democracia e do Estado de Direito marcaram as falas de parlamentares, movimentos sociais e centrais sindicais, em ato de lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico Brasileiro, realizada na quarta-feira (30), na Câmara dos Deputados.
“Hoje é um dia histórico por lançarmos esta Frente Parlamentar, suprapartidária, em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras e do setor elétrico brasileiro. Este é um setor estratégico para o País, a vida, a soberania e o desenvolvimento nacional”, disse a coordenadora da Frente, deputada Erika Kokay (PT-DF).
“Nosso objetivo é fortalecer a luta contra o processo de privatização e contribuir para um novo modelo energético para o Brasil”, disse a deputada, ao destacar que o setor elétrico não deve estar submetido ao lucro, mas a serviço do povo brasileiro e do bem comum.
Erika reforçou a importância do setor elétrico público e destacou iniciativas de Estado como o Programa Luz Para Todos, responsável por levar energia a milhões de brasileiros e brasileiras. “Com o Luz para Todos, Lula e Dilma fizeram a energia e a esperança chegar nos rincões desse País, onde a elite brasileira nunca teve interesse que chegasse”.
Representantes de movimentos sociais e sindicais presentes manifestaram-se contra as privatizações no setor.
“Foi graças aos governos Lula e Dilma que reforçamos a importância das empresas públicas de energia, que foram implementados programas estruturantes como o Luz para Todos e a eletrificação rural. Temos o desafio de manter esse projeto, ao mesmo tempo em que é necessário o governo apresentar uma agenda positiva para os trabalhadores. A privatização não faz parte do projeto dos trabalhadores, pois ela só trouxe mazelas para o País”, sentenciou Fernando Pereira, representante da Federação Nacional dos Eletricitários.
“Defender o setor energético público, é lutar contra a precarização dos serviços e do trabalho. As privatizações no setor representaram aumento de tarifa, sem a devida melhoria na qualidade da prestação dos serviços de energia”, afirmou Wagner Alves Vilela Jr, conselheiro da Centrais Elétricas de Goiás (CELG), que está sendo privatizada. “Impedir a privatização da CELG é lutar contra a retomada do processo de privatização no Brasil”, completou.
Não Vai ter Golpe – A deputada Erika alertou os trabalhadores e trabalhadoras presentes sobre o risco de retrocesso que se avizinha com a tentativa de golpe tramado contra a presidenta Dilma.
“Não é possível falar em direitos, sem falar em democracia. Sem democracia não há direitos. É na democracia que os direitos são conquistados e assegurados”, afirmou a deputada, ao rechaçar a iniciativa de golpe contra a legalidade.
“Eles não querem só arrancar Dilma da presidência, querem arrancar o Prouni, o Brasil Sem Miséria, o Luz Para todos, os direitos trabalhistas, as Estatais, o Pré-sal, eles querem arrancar todas as conquistas que tivemos com muita luta, dor, esperança e fé. Mas nós vamos lutar e resistir para que trabalhadores e trabalhadoras não tenham suas conquistas rasgadas. Não vamos permitir que a democracia seja golpeada, roubada e assaltada. Esse não será o país do ódio, mas do amor e da tolerância”, disse a deputada.
O deputado Vicentinho (PT-SP), também reforçou o combate às tentativas de privatização e a saiu em defesa dos trabalhadores do setor elétrico. “Vocês não imaginam quantos trabalhadores estão perdendo a vida, sendo mutilados, sobretudo, os trabalhadores terceirizados, os mais vulneráveis aos acidentes de trabalho”.
Vicentinho afirmou que o golpe contra a presidenta Dilma está sendo articulado por corruptos como Eduardo Cunha e por setores da mídia e do empresariado paulista (FIESP), que nunca engoliram a eleição de Lula e Dilma, o primeiro operário e a primeira mulher presidente da República, respectivamente.
Com palavras de ordem como “Não Vai ter Golpe”, “Água e Energia não são mercadorias”, representantes de movimentos sociais foram unânimes ao defender a continuidade do mandato constitucional da presidenta Dilma e das conquistas sociais dos últimos anos.
Assessoria Parlamentar