Justiça ordena restituição de cotas de imóvel à família de Lula

Dona Marisa Letícia desistiu da compra de tríplex em 2015 por atraso na entrega. Imóvel foi usado de modo criminoso pela Lava Jato para prender Lula.

Mais uma injustiça contra a família do ex-presidente PT é reparada, apesar de um atraso de seis anos. Por ordem da 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, a OAS e a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) deverá restituir 100% dos valores pagos pela ex-primeira-dama Marisa Letícia na compra de um tríplex no Guarujá (SP), em 2005. A decisão foi tomada na quarta-feira (24). Dona Marisa adquiriu cotas do apartamento no Edifício Navia (mais tarde chamado de Solaris) mas desistiu da compra em 2015, dois anos antes de falecer.

Dona Marisa pediu a devolução dos valores porque a entrega do imóvel estava atrasada. Além disso, a Bancoop faliu. Como se sabe, o ex-presidente Lula foi injustamente acusado de receber o imóvel no Guarujá como propina da OAS, mesmo após a desistência da compra, devidamente declarada, pela ex-primeira-dama. Mas a prova de que a família usufruiu do apartamento nunca apareceu. 

“Não há prova nos autos de que, em algum momento, a autora tivesse recebido a posse do imóvel ou de que ele tivesse sido disponibilizado em seu favor”, afirmou a desembargadora Mônica de Carvalho, relatora do processo. 

“Se a construtora descumpre o prazo de entrega da obra, podemos dizer que a rescisão ocorreu por fato contra ela imponível, pelo que a autora [Marisa] tinha direito à devolução integral dos valores que pagou, devidamente atualizados e com imposição de atualização monetária, a qual representa meramente a recomposição do valor da moeda, e juros moratórios, que devem ser fixados na taxa integral”, justificou a desembargadora.

Lula foi formalmente acusado em 2016 pelo Ministério Público Federal do Paraná de receber o tríplex como propina por contratos obtidos pela OAS na Petrobras. Sem provas, Lula foi condenado pelo ex-juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão, sentença que foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

PTnacional, com informações de Conjur

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