Josias critica situação desumana imposta pelos EUA aos presos de Guantánamo

Foto:Gustavo Bezerra

O deputado Josias Gomes (PT-BA) criticou, nesta sexta-feira (3), a forma como estão sendo tratados os mais de 100 prisioneiros que estão em greve de fome na prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba. De acordo com um comunicado recente da ONU, os presos estão sendo forçados a se alimentarem. Segundo a entidade, esse procedimento atenta contra os padrões médicos internacionais.

“Esses presos que estão sob a tutela dos EUA têm seus direitos aviltados. É uma situação inconcebível, degradante, desumana e cruel”, lamentou Josias Gomes, que fez parte da comitiva brasileira presente na reunião do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo em Cuba, na última semana. Na avaliação do parlamentar petista, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deveria devolver o prêmio Nobel da Paz “porque esse título não condiz com a prática adotada por esse país em relação aos presos sob sua tutela”, criticou.

Josias criticou também o silêncio da imprensa internacional sobre essa questão. Ele lembrou que tempos atrás os meios de comunicação divulgaram amplamente a greve de fome feita por um preso comum de Cuba, mas que a mídia fazia questão de nominar como preso político. Esse caso ganhou destaque internacional, no entanto, explicou Josias, a greve de fome que envolve cerca de 100 pessoas não é vista com a mesma importância. “Já faz mais de 21 dias que mais de 100 presos estão em greve de fome e a não se viu uma vírgula sendo escrita sobre o caso, na imprensa internacional”, denunciou. 

Declaração de Malta – A nota da ONU faz referencia à Declaração de Malta da Assembleia Médica Mundial que diz: “Em casos onde se registrem pessoas em greve de fome, o dever da equipe médica em agir eticamente e o princípio de respeitar a autonomia dos indivíduos acima de outros princípios, deve ser respeitado. Sob esses princípios, é injustificável forçar a alimentação em indivíduos que voluntariamente informaram que se recusam a aceitá-la. Acima de tudo, greves de fome devem ser protegidas de coerção, especialmente se forem coibidas através da força e, em alguns casos, através de violência física”, diz a declaração.

Benildes Rodrigues com Agências

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