O deputado José Ricardo (PT-AM) denunciou em plenário nesta quarta-feira (16) a morosidade do governo federal na liberação de recursos para investimentos, para aquisição de equipamentos e para exames no Hospital do Câncer, em Manaus. “Nós temos no Amazonas, infelizmente, altos indicadores de câncer de mama e colo de útero, que atinge as mulheres. É necessário prioridade na liberação de recursos para esse tipo de investimento, para salvar vidas, para dar uma perspectiva melhor para as mulheres do Brasil, no estado do Amazonas”, defendeu.
Portanto, continuou José Ricardo, o governo federal não pode ser insensível a essa realidade e tem que liberar com mais rapidez recursos que já foram aprovados, previstos, muitas vezes, já todos os processos cumpridos, “mas burocracias, dificuldades impedem e não agilizam e não salvam vidas”, protestou.
Mineração
Além desse apelo, o deputado relatou também a grave situação do garimpo ilegal no Amazonas. “A situação é muito grave e eu não posso deixar de questionar o decreto do governo Bolsonaro que facilita o garimpo, a mineração ilegal no Brasil e na Amazônia”. Ele alertou que haverá grandes impactos, porque isso vai incentivar a mineração predatória, “vão ter impactos no meio ambiente, danos socioambientais muito grandes, áreas protegidas — áreas indígenas — afetadas e ameaçadas”, destacou.
O deputado afirmou que esse não é o caminho para desenvolver a Amazônia. “Não vai ser devastando, não vai ser poluindo os rios, não vai ser levando doenças que nós vamos solucionar a vida de milhões de brasileiros amazônidas. É necessária realmente uma atenção para a Amazônia, mas não dessa forma”.
Por isso, informou o deputado, que a Bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou um PDL para sustar os efeitos desse decreto “maléfico, esse decreto de morte do governo Bolsonaro, que, aliás, é um governo anti-indígena, um governo antipobre, um governo que não olha a realidade dos mais pobres, que é causador do aumento do número de mortes não só pela Covid, mas também pela fome, pela desesperança”, lamentou.
Vânia Rodrigues