José Ricardo propõe ao Ministério da Saúde fornecimento de vacinas para imunizar 70% da população do AM

Como uma medida urgente para tentar frear a trágica realidade do estado do Amazonas, hoje com a maior taxa de mortalidade do mundo, o deputado federal José Ricardo (PT/AM) apresentou Indicação ao Ministério da Saúde (MS) para priorizar e ampliar a campanha de vacinação contra a Covid-19 em Manaus e nos municípios do Amazonas. A reivindicação é para que sejam enviados, o mais breve possível, seis milhões de doses de vacinas – quantidade necessárias à aplicação das duas doses por pessoa – para imunizar 70% da população amazonense.

A pandemia por Covid-19 no Amazonas apresenta, atualmente, a maior taxa de mortalidade do mundo, 2.599 mortes por milhão de habitantes, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM). A taxa de mortes (1.989) no estado é superior à da Bélgica (1.836), país recordista mundialmente em relação ao tamanho da população. Encontra-se também com a maior taxa de mortes e de transmissão no Brasil, enquadrado na fase roxa, que corresponde à classificação máxima de risco, diante da nova variante.

“Não podemos continuar recebendo vacinas em quantidade proporcional à quantidade de habitantes. O critério para o Amazonas tem que ser o do índice de mortalidade, o maior do mundo, com o adicional do risco de aumento do contágio pela nova cepa do vírus, que exige ação rápida para bloquear a sua propagação”, argumentou o deputado.

José Ricardo também manifestou preocupação com relação à estrutura do atendimento de saúde. Segundo ele, nas 61 cidades do interior do estado não tem nenhuma UTI. “Apenas a capital dispõe desse serviço, que já está totalmente comprometido”, completou José Ricardo.

O parlamentar explicou ainda que o percentual de vacinas entregue de acordo com o índice de mortalidade é necessário para se atingir segurança sanitária nos próximos 100 dias. A ideia, segundo José Ricardo, é imunizar em Manaus pelo menos 1,5 milhão de pessoas, e no estado um total de 3 milhões, levando-se também em consideração que 80% das vítimas fatais concentra-se nas faixas etárias acima de 50 anos de idade.

Para ele, as estatísticas de mortes oficiais não conseguem expressar a dimensão da tragédia humana vivida no estado, principalmente, nesse último mês de janeiro, diante da subnotificação existente e agravada ainda mais pela crise de oxigênio.

“Não dá para aceitar e nem esquecer o sofrimento diário de milhares de pessoas em busca de atendimento nos hospitais, tendo que conviver com a insuficiência da estrutura de saúde pública, na qual faltam de máscaras e respiradores até leitos de UTI, com o agravante terrível que foi a falta de oxigênio para pacientes internados com insuficiência respiratória, que resultaram em muitas mortes por asfixia”, protestou.  O deputado reforçou que algo precisa ser feito com urgência. “E são com as vacinas”, defendeu.

No documento, José Ricardo também destacou que o estado tem a maior quantidade de indígenas do Brasil. Ele enfatizou que essa população é mais vulnerável à pandemia e necessitada da imunização. Em Manaus, por exemplo, existem cerca de 20 mil indígenas que não recebem atendimento de saúde do governo federal por estarem fora das suas aldeias e que ajudou a chegar no atual patamar de mais de 20 mil infectados e mais de 260 mortes entre esses povos em todo o Amazonas. “Outra tragédia que precisa ser contida com a vacina para a maioria da população”, reforçou.

Leia a íntegra da Indicação:

Indicação_Vacinação_Ministério da Saúde

 

00Assessoria Parlamentar

 

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