A comissão externa destinada a acompanhar as ações preventivas ao coronavírus no Brasil ouviu nesta quarta-feira (4), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra torres. O deputado Jorge Solla (PT-BA) é um dos requerentes da audiência pública.
O deputado Solla, que também é médico, denunciou a situação dos plantões da Anvisa nos aeroportos e portos da Bahia durante o Carnaval como parte dos reforços para prevenir o coronavírus. Segundo informações recebidas pelo parlamentar, os aeroportos de Salvador e Ilhéus estavam sem plantões noturnos da Agência. O porto de Salvador, que recebe os cruzeiros, também não está tendo plantão direto.
O deputado baiano questionou se há alguma medida para equacionar a situação dos plantões que ainda não foram cobertos e para contratação emergencial de profissionais a fim de reforçar a fiscalização em portos e aeroportos.
Plantões noturnos
“Infelizmente passamos todo o período do Carnaval sem plantões noturnos da Anvisa. A informação que eu tive quando estava vindo para Brasília esta semana, é que foi normalizado a partir desse final de semana. Só que normalizado a escala às custas de cortes de férias, segundo me informaram, chamamento de profissionais que não estavam nessa finalidade, ou seja, o déficit existe”, lamentou.
Jorge Solla destacou que o último concurso da Anvisa foi há 10 anos, e que é preciso se preparar, pois essa não será a última epidemia que o País vai enfrentar. “Nós precisamos de ações emergenciais para dotar de profissionais nesse momento e também preparar um concurso para que a Anvisa possa recuperar os seus quadros tão necessários e indispensáveis ao enfrentamento de situações dessa natureza”, finalizou.
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra torres, respondeu alguns questionamentos do deputado e concordou que é preciso a realização de um novo concurso, além de afirmar que realmente há portos sem plantões. “Na Bahia identificamos um problema de gestão a respeito da mobilização de servidores que lá já estavam e implementamos a alteração necessária. A mobilização de servidores no sentido de recompletar áreas que nos pareceram mais prioritárias naquele momento”.
Lorena Vale