Jilmar Tatto defende energia mais barata e critica PSDB por alinhar-se às elétricas

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O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), voltou a criticar a decisão dos governos tucanos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná de não aderir ao novo modelo do sistema elétrico proposto pela presidenta Dilma Rousseff, que prevê redução média das contas de luz da ordem de 20,2%.

Segundo o líder, a articulação dos três estados, que controlam as estatais de energia Cesp, Cemig e Copel, visa a prejudicar a população brasileira e as empresas que se beneficiarão da redução da tarifa.

“No momento em que o PSDB diz que precisa se aproximar do povo, esses mesmos líderes se articulam para ferrar com o povo brasileiro”, afirmou Jilmar Tatto, que é presidente da comissão mista que aprecia a Medida Provisória 579 no Congresso. De acordo com ele, a “cara do PSDB” é justamente “a cara dos mais abastados, que ganham mais dinheiro”. Por essa razão , o povo acredita cada vez mais no PT”, declarou o líder, em entrevista ao site Brasil 247.

Segundo o deputado, a presidente Dilma Rousseff tem feito um grande esforço para baixar a energia, uma das mais caras do mundo, mas a decisão das estatais Cesp, Cemig e Copel veio no sentido de prejudicar a indústria e o povo brasileiro. Além das três, confirmaram posteriormente a não renovação as estatais de Goiás (Celg) e de Santa Catarina (Celesc). “Uma maneira elitista que o PSDB tem de pensar o Brasil e por isso não tem a confiança do povo, tendo cada vez menos votos nas eleições”.

Com a recusa dos tucanos de aderir às mudanças, a redução média cai de 20,2% para 16,7 %. A proposta de Dilma baseia-se , entre outras coisas, na exclusão da composição da tarifa da amortização já feita de ativos. Alguns empreendimentos já foram pagos até duas vezes, mas os tucanos querem, ao insistir no modelo, que sejam pagos pela terceira vez, o que aumenta o lucro das geradoras de energia elétrica. As empresas estatais controladas pelos governos tucanos têm também participação privada, na esteira de um modelo neoliberal implementado no governo FHC (1995-2002).

Jilmar Tatto, presidente da comissão mista que analisa a MP 579, informou que haverá um esforço conjunto para votar a MP na terça ou na quarta-feira da próxima semana. “Todo nosso esforço é no sentido de manter o desconto prometido inicialmente, de 20%. Faremos esse esforço junto à comissão e acompanharemos também juto à oposição”, concluiu.

Pacto – A edição do Diário Oficial de quinta publicou a relação das emendas que foram inadmitidas. A publicação abre prazo de 24 horas para a interposição de recursos pelos parlamentares. Na próxima terça, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentará seu relatório, quando começará a ser contado o prazo para apresentação e votação de destaques.

O líder do do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE) declarou que a decisão dos governos tucanos de São Paulo, Paraná e Minas Gerais de ficar fora do plano do governo para reduzir as tarifas de energia demonstra uma “grande falta de visão estratégica”, já que são estados altamente industrializados e a medida proposta pela presidenta Dilma tem como um dos objetivos principais reduzir os custos e aumentar a competitividade da indústria nacional.

Ele disse que vai trabalhar por um acordo que garanta um texto intermediário para o relatório da Medida Provisória 579, para permitir “a redução da tarifa e, ao mesmo tempo, a justa remuneração” dos investidores. “Estamos fazendo um esforço muito grande junto à oposição, particularmente com os três estados—São Paulo, Paraná e Minas Gerais—para que a gente construa um texto intermediário”, afirmou ele, segundo publicou o site PT no Senado.

A presidenta Dilma criticou o comportamento do PSDB e Pimentel disse concordar com ela. “A presidenta tem toda razão. A sociedade brasileira, o setor empresarial e, particularmente, a indústria exigem uma redução nos custos da energia elétrica, para que nossa economia continue crescendo”, afirmou o senador.

Ele lembra que, hoje, o preço da energia elétrica no País é “insustentável”. As hidrelétricas antigas, construídas até 1993, para as quais não houve leilão, produzem energia ao preço é de R$ 92 o kilowatt/hora, enquanto as novas, que ainda estão sendo pagas, já conseguem produzir a R$ 80. “A presidenta é uma das pessoas que mais conhece o setor elétrico brasileiro, foi ministra das Minas e Energia, ajudou a construir o atual desenho. Além disso, ela tem uma forte sintonia com a opinião pública. A sociedade brasileira tem clareza que é preciso reduzir o custo da energia”, destacou Pimentel.

Equipe PT na Câmara com agências

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