O deputado federal Zeca Dirceu (PT) disse nessa quarta-feira (31/1), que o Brasil vai se livrar de um “parasita, golpista” com a cassação do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). O julgamento estava marcado para o dia 19 de fevereiro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e foi antecipado para o dia 8 deste mês. “Este sujeito é um dos principais responsáveis pelas trevas que o Brasil passou durante seis anos, de 2019 a 2023. Ele urdiu, vazou áudios de forma ilegal, perseguiu inocentes, combinou operações, ações e sentenças, destruiu empresas brasileiras, extinguiu 4,4 milhões de empregos e estancou R$ 172 bilhões de investimentos”, disse o líder do PT na Câmara dos Deputados.
Ataques à democracia
“Tudo em troca por uma sede desenfreada pelo poder e com ataques ao Estado Democrático de Direito. Nesta curta passagem pela história política do país, ele virou ministro, foi defenestrado, voltou a bajular o próprio algoz. Já vai tarde, o cabo Anselmo dos tempos atuais”, completou.
O desembargador Luciano Falavinha, relator das ações no TRE-PR, liberou para julgamento contra Moro, acusado de abuso de poder econômico com gastos irregulares no período de pré-campanha em 2022. O julgamento das ações está marcado para o dia 19 de fevereiro.
Entrave resolvido
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) superou o principal entrave para a cassação – a presença do pleno de sete juízes do tribunal no julgamento – com fim do mandato do juiz Thiago de Paiva e seus substitutos.
O tribunal publicou a lista tríplice – composta pelos advogados Roberto Aurichio Junior; José Rodrigo Sade e Graciane Aparecida do Valle Lemos – que será julgada nesta quinta-feira (1/2).
“Qualquer decisão tomada pelo TRE-PR, haverá recurso ao TSE, que deve mandar para casa essa persona nefasta que hoje está completamente isolada, sem qualquer chance de seguir na vida pública e sem apoio dos mesmos que de forma odienta causou tamanho mal ao país”, aponta Zeca Dirceu.
Para entender o caso
Em 2021, Moro no Podemos fez atos de pré-candidatura à Presidência da República. Em seguida, deixou o partido, tentou ser candidato novamente a presidente pelo União Brasil e rejeitado, passou a fazer campanha para o Senado por São Paulo. Rejeitado mais uma vez, agora por falta de comprovação de domicílio eleitoral, voltou ao Paraná como candidato ao Senado.
De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro se candidatar ao Senado.
Gastos milionários
Foram citados gastos de aproximadamente R$ 2 milhões com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos e consultorias.
Assessoria de Comunicação deputado Zeca Dirceu