O deputado federal Zeca Dirceu (PR), líder do PT na Câmara, destacou na quarta-feira (7), a criação do grupo de trabalho pela Itaipu Binacional para retomada das obras da sede da Unila em Foz do Iguaçu. “O presidente Lula visitou Foz do Iguaçu em março e decidiu pela conclusão do campus. Em maio, o diretor da Itaipu, Enio Verri, criou o grupo de trabalho que já teve a primeira reunião e vai encontrar a melhor solução para concluir a obra que estava parada desde 2014”.
“A Unila foi criada pelo presidente Lula em 2010 e enfrentou estigmas e preconceitos com um novo conceito de educação, e mesmo assim, contribui na formação de uma consciência crítica sobre a diversidade e a realidade da América Latina”, lembrou o deputado.
A universidade tem hoje 29 cursos de graduação, 12 mestrados, oito cursos de especialização, e já formou 1,3 mil estudantes. “A Unila está presente nas cidades do oeste paranaense, através de pesquisas, estudos, projetos e na participação ativa na resolução de problemas locais e no apoio, por exemplo, no combate à covid”, completou.
Avaliação
Em nota, a Itaipu informa que o grupo segue três linhas de estudos simultâneas: análise jurídica do caso, avaliação técnica das edificações e encaminhamentos administrativos preparatórios do processo licitatório. A questão envolve ainda o Ministério da Educação, a Unila e o próprio escritório do arquiteto Oscar Niemeyer.
A superintendência de obras da usina e os técnicos da universidade vão levantar a patologia das edificações já construídas para avaliar as medidas necessárias para a retomada da obra com segurança. “Apesar de quase uma década paralisada, a obra recebeu medidas protetivas que impediram um grau de desgaste relevante, mas que precisa ser verificado”, afirma Gisele Ricobom, coordenadora do grupo integrado ainda por servidores das diretorias jurídicas e de coordenação da Itaipu.
Segundo a binacional, o grupo de trabalho também fará um levantamento do custo necessário para conclusão das obras do campus, e uma empresa especializada nesse tipo de serviço apontará as melhores alternativas. Com as informações, Itaipu, MEC e Unila vão decidir sobre qual caminho seguir.
Obra pública
A reitora eleita da Unila, Diana Araújo, avalia que a melhor alternativa passa pela conclusão da parte do projeto que já está construída. “Existe uma parte, que não chega nem na metade, uma porcentagem mais ou menos em torno de 45% do projeto original que está já estruturado. Já está mais ou menos edificado”, disse.
“A intenção seria a retomada desta parte fazendo as adequações necessárias para que o projeto mantenha um custeio e de ser mantido, ou seja, que a gente tenha uma obra que não exija um custo muito alto. Isso tudo terá que ser negociado, mas como se trata de uma obra pública, impensável que essa obra permaneça inacabada, ela precisa ser terminada”, aponta.
Assessoria de Comunicação líder Zeca Dirceu