A primeira reunião da Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar as investigações que visam apurar as responsabilidades pelo derramamento de óleo no litoral da região Nordeste foi realizada nessa terça-feira (29). Coordenada pelo deputado João Daniel (PT-SE), autor do requerimento para a realização da mesma, a reunião ouviu o relato dos parlamentares de todos os estados da região que fizeram duras críticas à atuação do governo federal.
“Ouvimos de todos vários relatos contundentes, bastante duros sobre o que o governo federal fez até agora, a vergonha como tem se comportado, sem dar a mínima atenção”, relatou o coordenador João Daniel. Várias sugestões foram apresentadas pelos parlamentares que compõem a Comissão Externa. Entre elas, a realização de audiências públicas com a presença de ministros e presidentes de órgãos federais ambientais, ouvir a população nos municípios da região e exigir do governo federal a tomada de providências mais urgentes. Uma nova reunião vai ser realizada nesta quarta-feira, dia 30, para a análise e aprovação do plano de trabalho da Comissão.
Vários parlamentares participaram dessa primeira reunião, entre eles Carlos Veras (PT-PE), Valmir Assunção (PT-BA), Reginaldo Lopes (PT-MG), Daniel Almeida (PCdoB-BA), o ex-ministro do Turismo, o deputado Marx Beltrão, entre outros. Também participaram entidades ligadas ao meio ambiente, como o WWF Brasil. “Queremos ter conhecimento real do que está ocorrendo, saber e buscar informações para que haja todos os esclarecimentos, bem como punições e medidas que cabem aos poderes constituídos”, ressaltou o deputado João Daniel.
Manchas de óleo
As manchas de petróleo cru começaram a aparecer no litoral nordestino ainda no mês de agosto. Apenas 30 dias depois, quando já tinha se alastrado para quase todos os estados da região foi que o governo federal começou a buscar saber o que estava ocorrendo. Áreas de proteção ambiental, várias praias, destinos turísticos conhecidos e alguns rios já foram atingidos pelo óleo. O crime ambiental tem causado prejuízos ao meio ambiente, à economia, tanto relacionado aos que dependem da pesca para a sobrevivência como aos envolvidos na cadeia turística e, também, à saúde de banhistas e às pessoas que têm tido contato com o produto. Os danos e reflexos desse crime nunca ocorrido ainda são incalculáveis.
Assessoria de Comunicação