Inflação explode e bate 1,62% em março, maior índice mensal desde 1994

Arte: PT na Câmara

A alta dos combustíveis – 25% no Diesel e 18% na gasolina – provocou uma explosão na inflação, que bateu 1,62% em março, maior índice mensal desde 1994. É a maior variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês em 28 anos, desde 1994, antes da implementação do Plano Real. Segundo dados do IBGE, divulgados na manhã desta sexta-feira (8), a inflação acumulada nos três primeiros meses do ano chegou a 3,20%, bem próxima à primeira meta estipulada pelo Banco Central, de 4,7% para todo o ano de 2022.

Nos últimos 12 meses, a alta de preços atingiu 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Trata-se do maior índice para 12 meses desde outubro de 2003 (13,98%). Com o resultado de março, já são 7 meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos.

Ao analisar os dados, o deputado Bohn Gass (PT-RS) afirmou que a pandemia gerou inflação no mundo, assim como a guerra na Ucrânia piorou as coisas. “Mas, no Brasil, a inflação é a 3ª maior do mundo e o preço dos alimentos subiu mais do que em quase todos os outros países. A razão? O governo, gente, o péssimo governo do Brasil!”, escreveu em sua conta no Twitter.


E o deputado Henrique Fontana (PT-RS) ao comentar que a inflação subiu 1,62% em março, enfatizou que os trabalhadores “assistem a disparada do preço dos itens de consumo enquanto o salário mínimo segue sem aumento. Bolsonaro arrastou o Brasil de volta para a fome e inflação descontrolada”


Outros parlamentares da Bancada do PT também usaram suas redes sociais para falar da alta inflação provocada pelo (des)governo Bolsonaro, que afeta as famílias mais vulneráveis. “O povo está passando fome e a comida cada vez mais cara. Não precisa ser assim!”, observou o deputado José Guimarães (PT-CE), ao destacar que em um ano a cenoura ficou 121,1% mais cara, o tomate subiu 55,8% e o mamão aumentou 61,6%.


O deputado Paulo Guedes (PT-MG) ironizou que o governo Bolsonaro é recordista em gerar fome e miséria. “A dupla Paulo Guedes Malvadão e Bolsonaro batem dois recordes históricos em um único dia: A inflação dos últimos 12 meses é a maior em 18 anos, de 11,30%, e a inflação de março, de 1,6% é a maior em 28 anos. Eles são competentes em gerar miséria e fome”, criticou.


Na mesma linha, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que o governo Bolsonaro colocou o Brasil no pódio: “A inflação é a maior dos últimos 28 anos; a taxa de desemprego é a 4ª maior do mundo; a moeda brasileira foi a que mais desvalorizou; e é o país com mais com mais mortes por Covid”.


O deputado Odair Cunha (PT-MG) destacou que quem vai ao mercado toda semana já percebeu que cada vez suas compras ficam mais caras. “Cebola, tomate, carne…tudo sobe sem parar, e está cada vez mais difícil comprar o básico. O culpado disso tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro e seu governo desastroso!”, denunciou.


As deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Maria do Rosário (PT-RS) e os deputados Alencar Santana Braga (PT-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP),Marcon (PT-RS), Paulo Pimenta (PT-RS) e Rubens Otoni (PT-GO) também criticaram a alta da inflação em suas contas no Twitter.

Alimentos

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em março. O grande vilão foi justamente o setor de transportes, com a elevação dos preços dos combustíveis, que chegou a 3,02%.

Na sequência, veio o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 2,42%, impactado diretamente pelo setor de logística, que depende dos combustíveis.
Além deles, houve aceleração também nos grupos Vestuário (1,82%), Habitação (1,15%) e Saúde e cuidados pessoais (0,88%).

Alta dos combustíveis

O resultado do grupo Transportes (3,02%) foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês.

Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%).

A aceleração do grupo Transportes também está relacionada à alta nos preços de alguns serviços, como o transporte por aplicativo (7,98%), o seguro voluntário de veículo (3,93%) e o conserto de automóvel (1,47%)

Vânia Rodrigues, com agências

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