Impeachment: Petistas afirmam que País precisa se livrar de presidente que não cuida do seu povo

Em um dia simbólico para a democracia brasileira, parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores se revezaram na sessão remota da Câmara dos Deputados, desta quinta-feira (21), para destacar o pedido de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, protocolado hoje, na Câmara. Para eles, o Brasil precisa se livrar de um presidente que não respeita a vida, não cuida do seu povo, banaliza a Constituição e pratica crimes de responsabilidade.

“Hoje, um marco importante da luta em defesa da vida é a apresentação da proposta de impeachment para a retirada desse presidente incompetente, que hoje é o maior obstáculo ao combate da pandemia. A maior luta contra a pandemia é tirar esse presidente incompetente”, reiterou o deputado Jorge Solla (PT-BA).

Foto: Gabriel Paiva

Para o deputado baiano, os crimes praticados por Bolsonaro sustentam o pedido de impeachment do presidente da República. Com a proposição protocolada nesta quinta-feira (21), que traz assinaturas de mais de 400 entidades da sociedade civil, juristas, personalidades e dos partidos políticos, PT, PCdoB, PSTU, PSOL, PCO, PCB e UP, encontram-se em poder do Congresso Nacional, 32 pedidos de afastamento de Bolsonaro.

“Olhem o desdém que esse sujeito tem com a democracia, com a institucionalidade. Ele fraudou as eleições, teve o maior caixa dois da história das eleições deste País. Sempre utilizou-se de todas as prerrogativas para locupletar financeiramente a sua família, a sua quadrilha, os seus deputados associados, e até uma medida provisória, a MP 966, ele edita para tentar anistiar os crimes que ele está praticando contra a vida, contra o Erário, contra a institucionalidade”, acusou Jorge Solla.

Crimes e esperança

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que o impeachment alimenta a esperança de se retomar no Brasil um governo constitucional. Para Rosário, Bolsonaro abriu mão dessa prerrogativa. “Bolsonaro ataca de tal forma e comete crimes de responsabilidade que seria de uma irresponsabilidade da Câmara e do Senado, dos partidos e do povo brasileiro não solicitar e não ingressar com um robusto e técnico pedido de impeachment como acontece nesta manhã”, argumentou a deputada.

Foto: Gustavo Bezerra

Rosário elencou uma série de crimes praticados pelo presidente da República nos últimos meses. Segundo ela, Bolsonaro e o governo fraudaram a demissão de Valeixo [ex-diretor-Geral da Polícia Federal] e cometeram falsidade ideológica ao publicar a demissão no Diário Oficial da União com a assinatura falsa do ex-ministro Sérgio Moro.

Ela citou também os episódios em que Bolsonaro defendeu o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF), afrontando e atacando a Constituição. “Os crimes de responsabilidade são tão graves e mais graves porque estamos em meio à morte que a pandemia impõe”, observou.

“A irresponsabilidade do governo é total, nós não temos condições de enfrentar esse vírus com o Bolsonaro no poder. Por isso, o impeachment se tornou um imperativo moral, ético e político do Brasil”, reafirmou Rosário.

Na opinião do deputado João Daniel (PT-SE) é importante o Congresso Nacional debater todos os assuntos, mas, segundo ele, é imperativo a Câmara defender os preceitos constitucionais. Ele disse também que é preciso que o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) dê uma resposta à Nação. “O Presidente Rodrigo Maia precisa abrir um processo de impeachment para que o Congresso debata o verdadeiro problema que hoje assola este País: quem está dentro do Palácio do Planalto fazendo mazelas e não cuidando do nosso povo”, criticou.

Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara

Benildes Rodrigues

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