Ilário Marques volta à prefeitura de Quixadá e acredita na retomada do projeto nacional petista de Brasil-Nação includente

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Eleito para o quarto mandato como prefeito da cidade de Quixadá, no Ceará, o advogado Ilário Marques revelou em entrevista ao “PT na Câmara” os desafios que terá pela frente para recompor o “jeito petista de governar” diante da população quixadaense. Ilário é herdeiro de um ciclo virtuoso iniciado por ele mesmo lá, em 1992, quando ganhou as eleições pela primeira vez e conseguiu imprimir a marca das gestões do PT em Quixadá, município que está cravado no sertão central cearense.

Naquela época, quando a Constituição Cidadã dava seus primeiros passos, o então prefeito recém-eleito conseguiu alterar paradigmas na administração municipal, ao implantar o planejamento participativo e estratégico, ao criar projetos inclusivos de políticas públicas e ao empoderar a população num processo jamais experimentado até aquela data. “Naquele momento, vencemos as oligarquias e fizemos uma mudança drástica no processo da organização do município”, recorda Ilário Marques, que também chegou ao comando do município em 2000 e 2004.

Eleito recentemente com 57% dos votos, ele acredita que, mesmo em uma situação de ataque aos direitos sociais, como acontece hoje no Brasil, a população, se for bem direcionada e informada, será capaz de reagir de “forma extraordinária”. “Eu, inclusive, atribuo que o nosso resultado eleitoral – tanto nas ruas como nas urnas, com participação expressiva da população em defesa da nossa campanha – já foi uma demonstração de reação contra as ameaças que estão acontecendo aí para acabar com essas conquistas sociais”.

Segundo Ilário, a campanha pautou esse debate das políticas públicas e deixou claro de que lado a sua coligação estava. “A campanha foi vermelha, e vencemos com o discurso de que precisamos retomar o nosso projeto de desenvolvimento local. Nesse mesmo sentido, faço um paralelo de que precisamos da mesma forma retomar o nosso projeto estratégico de Brasil-Nação. Uma Nação de todos, um País includente”, defende.

O prefeito eleito, que tomará posse no próximo dia 1º de janeiro, afirma que enfrentará o desafio de fazer com que novas políticas públicas consolidem conquistas do passado, apresentando novos horizontes de avanço à população. “Não podemos nunca imaginar que chegará um momento em que as políticas já implementadas bastam. Não. Elas sempre serão superadas por novas demandas, e temos que ter a capacidade de entender as novas demandas da sociedade para liderar a defesa dessas novas demandas”, afirma.

Histórico – Ilário Marques conta que a atual gestão – que se elegeu em 2012 com uma campanha suja contra o PT e com uma promessa de renovação – foi o maior desastre em termos de administração pública que já passou por Quixadá. Para se contrapor a esse projeto desastroso, ele disse que a sua estratégia de campanha foi mostrar o legado petista, deixando claro que essa herança positiva era a prova que respaldava e dava autoridade a esse projeto.

“Pegamos esse legado e apresentamos como testemunho histórico. Conseguimos levar a população a ter crença e fé num processo de mudança verdadeira, aquela mudança contínua que nós vínhamos fazendo, de empoderamento, de distribuição de renda, de políticas públicas universais”, detalha o prefeito eleito.

Ele recorda que quando retornou à administração do município em 2000, para seu segundo mandato, consolidou um projeto estratégico, voltado para o desenvolvimento sustentável. A metade do seu segundo mandato coincidiu justamente com o início da era Lula. “Transformamos Quixadá em uma cidade universitária, conseguimos fazer uma expansão das políticas públicas, com grande resolutibilidade na área da saúde e na educação, passamos a ter os melhores indicadores, implantamos a Biodiesel, que agora eles estão desmontando, porque a Petrobras está saindo da Biodiesel num processo de desmonte, mas está lá um legado muito forte”.

Ilário conseguiu se reeleger e, em seguida, eleger seu sucessor petista para um mandado a partir de 2012. “Mas a pessoa não cumpriu o programa, não deu sequência ao processo estratégico de desenvolvimento da cidade que havíamos criado, e se aliou aos oligarcas. Em 2012, veio a campanha de ódio contra o PT em Quixadá, uma tentativa de me criminalizar com muitos processos na Justiça, denúncias infundadas. E nós enfrentamos com as massas, fomos para as ruas. Fizemos a campanha em 2012, voltei a ser candidato contra todos. E ainda assim tiramos 46% dos votos”.

Para Ilário, a falência dessa gestão que termina em dezembro fez com que a população resgatasse o projeto petista. “E agora vêm novos desafios. Temos que trabalhar coisas muito modernas hoje. Eu sei que falar disso para Quixadá é muita ousadia, mas queremos levar a fundo o que é essa nova revolução industrial que está acontecendo, a quarta revolução industrial; o que é a ‘internet das coisas’; o que é economia compartilhada… Então, temos que trazer coisas novas para as políticas públicas e fazer novamente o empoderamento da população em coisas modernas”.

PT na Câmara

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