Rendimento médio mensal dos trabalhadores cresce 5,7%, aumentando de R$ 1.590 para R$ 1.681 entre 2012 e 2013; taxa de analfabetismo cai de 8,7% para 8,3%; trabalho de crianças e adolescentes diminui 12,3%; emprego com carteira assinada cresce 3,6%, passando de 74,6% para 76,1% do total de empregados do setor privado; taxa de desocupação é de 6,5%, configurando-se como a segunda menor de toda a séria histórica desde 2001; e percentual de trabalhadores com nível superior completo passa de 13,1% para 14,2%, maior alta verificada entre os demais níveis de escolaridade de trabalhadores.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 2013, divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A PNAD é um levantamento estatístico feito por amostragem desde 1967 e apresenta informações sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios para Brasil, grandes regiões, estados e regiões metropolitanas.
Sobre o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, que apresentou aumento no País de 5,7% entre 2012 e 2013, o IBGE verificou que a região Sul foi a que apresentou o maior incremento (8,1%), passando de R$ 1.731 para R$ 1.872. A região Centro-Oeste, que teve o maior valor médio (de R$ 1.906 para R$ 1.992), foi também a que apresentou a menor variação (4,5%). A região Nordeste mostrou um crescimento de 5,7%, mas continuou com o menor rendimento médio: de R$ 1.086 passou para R$ 1.148.
Mercado formal – O levantamento também demonstrou que o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 3,6% em relação a 2012 e chegou a 36,8 milhões de pessoas. A partir desse dado, o IBGE verificou que o percentual de empregados com carteira assinada passou de 74,6% para 76,1% no setor privado. No Sul e Sudeste do País, esse percentual chegou a 83,4% e 81,5%, respectivamente. O Nordeste continuou com a menor proporção (61,0%), mas teve o maior crescimento em relação a 2012 (2,8 pontos percentuais).
Sobre a taxa de desocupação, embora os números mostrem uma elevação de um ano para outro (de 6,1% para 6,5% em 2013), o índice verificado no ano passado foi o segundo menor da série harmonizada de 2001 a 2013. Entre as grandes regiões, a menor taxa foi observada na região Sul, 4,0%, e a maior, 8,0%, na Nordeste. A maior variação frente a 2012 ocorreu na região Norte, onde esse indicador cresceu 1,0 ponto percentual, atingindo 7,3% em 2013.
Para o deputado Francisco Chagas (PT-SP), membro titular da Comissão de Trabalho da Câmara, os números provam que, mesmo sofrendo os efeitos da atual crise econômica mundial, o governo da presidenta Dilma soube proteger os empregos e aumentar a renda dos trabalhadores. “Na ultima década, o País cresceu acima da média de outros períodos da nossa história. E mesmo agora, quando enfrentamos uma crise econômica mundial, o governo aumentou o poder de compra dos trabalhadores e preservou os empregos”, afirmou.
Escolaridade – O IBGE revelou ainda que o percentual de trabalhadores com nível superior completo atingiu no Brasil o índice de 14,2%. Foi a faixa de escolaridade que mais cresceu entre os trabalhadores. De 2012 para 2013, diminuíram as proporções de trabalhadores com fundamental incompleto (de 27,9% para 25,7%) e médio incompleto (6,7% para 6,5%) e aumentaram as proporções dos sem instrução (6,6% para 7,0%), com fundamental completo (10,3 para 10,5%), com ensino médio completo (30,0% para 30,4%), com superior incompleto (5,2% para 5,4%) e com superior completo (13,1% para 14,2%, a maior alta).
A PNAD revelou ainda que na comparação histórica de 2001 a 2013 a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade diminuiu de 12,4% para 8,2%, o que correspondeu a uma redução de 2,7 milhões de analfabetos. Como a série foi harmonizada com a cobertura geográfica da PNAD existente até 2003, ficaram de fora áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, o que revelou leve diferença na comparação com os dados completos, que apresentaram taxa de 8,3% em 2013.
A deputada Dalva Figueiredo (PT-AP) avaliou que esses avanços só foram possíveis por causa dos investimentos realizados pelos governos de Lula e Dilma. “A redução do analfabetismo e a maior escolaridade dos trabalhadores são fruto de uma série de ações que começaram ainda no governo Lula e continuaram com a presidenta Dilma”, ressaltou a parlamentar. Entre as ações, Dalva citou a criação do Prouni, o fortalecimento do Fies, além da construção de novas universidades federais e expansão de novos campi.
Trabalho infantil – Outro dado relevante apontado pelo levantamento domiciliar foi a redução do trabalho de crianças e adolescentes no País. Em 2013, havia 3,1 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos, o que representou uma redução de 12,3% (438 mil crianças e adolescentes) em relação a 2012. Cerca de 2,6 milhões (84,5%) eram adolescentes de 14 a 17 anos de idade. Em relação a 2012, a queda percentual mais relevante foi no grupo com 5 a 9 anos de idade (-29,2%), o que significou menos 24 mil crianças trabalhando.
PT na Câmara com IBGE
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