Governo prevê novo leilão do pré-sal até 2017

FernandoMarroni GabrielaKor

Em meio à avaliação de que a indústria brasileira de óleo e gás deve se recuperar gradualmente ao longo dos próximos dois anos, o governo brasileiro já tem áreas mapeadas para realizar uma nova rodada de licitação de blocos no pré-sal até 2017, dentro do regime de partilha. A informação é do secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, que participou do V Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (17).

O secretário disse que o governo já tem vários prospectos mapeados que podem ser colocados, ou não, na medida da necessidade. “Vamos ter que ver a capacidade da indústria de atender as demandas de produção, quanto a gente quer produzir, quanto a gente quer exportar. A estimativa é de que a nova rodada de blocos de pré-sal ocorra entre 2016 e 2017”, explicou Marco Antonio Almeida.

A única licitação de área do pré-sal feita até o momento envolveu a jazida gigante de Libra, na Bacia de Santos, em 2013.

Ainda segundo Almeida, os próximos leilões não deverão ter uma única área sendo ofertada. A ideia seria leiloar mais de um bloco, mas com menor potencial que a jazida de Libra, cujos volumes recuperáveis estimados variam entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, sendo uma das maiores reservas do Brasil. O secretário acrescentou que o governo já identificou áreas no pré-sal que teriam semelhanças geológicas com Libra, embora ainda não seja possível dimensionar os volumes das reservas, até porque poços não foram perfurados.

“Eu tenho, talvez, mais uma ou duas ‘Libras’ já mapeadas”, disse, acrescentando que as áreas identificadas também estão na Bacia de Santos, mas sem dar outros detalhes.

Potencial – O deputado Fernando Marroni (PT-RS), titular da Comissão de Minas e Energia, comemorou a notícia, e avaliou que a estimativa do governo de nova rodada do pré-sal e do mapeamento de novas áreas estão em sintonia com o estudo de professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, divulgadas na última semana. A pesquisa revela que o potencial de produção do pré-sal é quatro vez maior do que os 40 bilhões de barris de petróleo já descobertos.

“É uma riqueza fundamental para o País, principalmente porque parte dela irá para setores essenciais como saúde e educação”, afirmou Marroni. Ele disse que os números da Petrobras sobre o potencial do pré-sal é conservador e cauteloso, “como tem que ser mesmo”, acrescentou.

Conteúdo local – No seminário, diversas autoridades do segmento debateram o atual cenário e buscaram apresentar visões acerca do futuro da indústria de petróleo no Brasil, analisando soluções e discutindo a atuais regulações do setor. Ao falar sobre o conteúdo local, o secretário Marco Antonio Almeida afirmou que as regras não deverão ser modificadas a curto prazo. A respeito de possíveis mudanças no regime de partilha, Almeida afirmou que o mau momento da Petrobras é temporário e que, “portanto, não serão feitas alterações nas regras de operação”.

13ª Rodada – O secretário, que apostou no sucesso da 13ª Rodada de Licitações, apontou caminhos positivos que devem ser tomados pelo setor tanto no atual cenário quanto em um futuro breve. De acordo com ele, a indústria de óleo e gás precisa manter as atividades e os investimentos em bacias maduras, responsáveis por movimentar economias locais e trazer produções significantes ao mercado. Ele ressaltou também a necessidade da realização de pesquisas com bacias ainda pouco conhecidas, como é o caso da Bacia de Pelotas.

O deputado Fernando Marroni, que já foi prefeito de Pelotas, disse que há indicativos positivos na Bacia de Pelotas. “Aguardamos ansiosos pelo resultado dessas pesquisas. O prognóstico é bom, mas em termos de petróleo só existe comprovação quando perfura”, acrescentou.

PT na Câmara, com agências

Foto: Gabrila Korossy

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