Desde o início da administração Lula, desmatamento da Amazônia já despencou 45,7%, o que representa 790 mil hectares preservados; no Cerrado, a redução foi de 25,7%, na comparação com o ano passado, revertendo tendência de alta de desflorestamento.
O governo federal convocou a imprensa, nesta quarta-feira (6), para anunciar resultados animadores alcançados pelo país na luta contra o desmatamento. Tanto a Amazônia quanto o Cerrado experimentaram percentuais significativos de queda no desflorestamento, graças às medidas adotadas em prol da transição ecológica. Desde o início da administração Lula, a destruição da floresta tropical já despencou 45,7%, o que representa 790 mil hectares poupados, o menor índice em nove anos.
No Cerrado, o desmatamento também caiu: 25,7%, se comparado a 2023. Mais que isso, o monitoramento por meio de imagens de satélite indica que houve uma reversão da tendência de aumento da destruição do bioma, cenário observado nos últimos cinco anos. O fim do governo negacionista de Jair Bolsonaro, em 2022, demonstram os dados, representou 400,8 milhões de toneladas de gás carbônico a menos lançadas ao meio ambiente.
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A cerimônia no Palácio do Planalto – às vésperas da conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, a COP 29, a ser realizada na semana que vem, em Baku, capital do Azerbaijão – teve as presenças do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vice-presidente Geraldo Alckmin, e das ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Desmatamento zero
Alckmin foi aplaudido ao lembrar o dado concreto alcançado pelo governo Lula: “Temos a comemorar […], porque, pegando os dois anos, é 45,7% a redução do desmatamento na Amazônia […] No Cerrado, depois de cinco anos ininterruptamente subindo o desmatamento, cai 16,7%, invertendo a curva”.
Para a gente ter uma ideia do que isso significa, o que deixou de ser emitido, nesse período […] é toda a emissão da Argentina. Nós reduzimos a Argentina inteira, a sua emissão”, comparou o vice-presidente, ao se referir às emissões de CO₂ do país vizinho.
A titular do Ministério do Meio Ambiente (MMA) reconheceu os esforços dos membros do governo, a quem agradeceu pelos números positivos, e fez questão de sublinhar o compromisso do presidente Lula com o desmatamento zero. Marina lembrou que a empreitada exige a cooperação dos estados. “Somos 19 ministérios trabalhando juntos, naquela ideia de política transversal, de política integrada”, pontuou.
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“O Brasil tem compromisso com redução de CO₂, na meta de 2025. E pode ter certeza: com esses esforços aqui, o Brasil […] está muito perto, mesmo com o apagão de política ambiental que aconteceu no governo anterior, a gente conseguir a meta”, comemorou Marina.
A ministra assinou ainda o Pacto Interfederativo pela Prevenção e Controle do Desmatamento Ilegal e dos Incêndios Florestais no Bioma Cerrado nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Entes federados
Na Amazônia, apresentaram redução significativa no desmatamento os estados do Mato Grosso (-45,1%), do Amazonas (-29%), do Pará (-28,4%) e de Rondônia (-62,5%).
Já no Cerrado, a destruição florestal caiu no Maranhão (-15,1%), em Tocantins (-9,6%), no Piauí (-10,1%) e na Bahia (-63,3%).
Do PT Nacional