Golpe retirou dos trabalhadores razões para comemorar 1º de Maio

Deputados da Bancada do PT na Câmara se revezaram na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (2) para falar sobre o Dia do Trabalhador, comemorado ontem, 1º de Maio. O deputado Leo de Brito Lula (PT-AC) lembrou que há dois anos, logo após o golpe, o Dia do Trabalhador ganhou um novo sentido: união para que os direitos da classe trabalhadora não sejam mais atacados. “Os ataques promovidos pelo governo Temer, como as reformas Trabalhistas e da Previdência, a terceirização geral e irrestrita e o ataque às lideranças populares são exemplos de que o trabalhador brasileiro não tem o que comemorar no 1ºde Maio”, lamentou.

O deputado enfatizou ainda que o Brasil vive tempos difíceis, em que diariamente os direitos dos trabalhadores são retirados um a um. “É duro ver o homem que mais lutou pelo trabalhador brasileiro, o presidente Lula, ser ameaçado, atacado, difamado e na condição de preso político. Mas ainda temos voz, ainda temos sonhos”, afirmou o parlamentar. Ele pediu ainda que a carta que o ex-presidente Lula mandou para os trabalhadores no 1º de Maio fosse registrado nos anais da Câmara.

Da tribuna, a deputada Benedita Lula da Silva (PT-RJ) leu trechos da carta do ex-presidente Lula e reforçou o pedido para que ela fosse incluída nos anais da Câmara. A deputada, que participou das manifestações em Curitiba no Dia do Trabalhador, relatou que viveu um grande ato histórico das sete principais centrais sindicais do País. “Foi um ato histórico que só uma liderança como Luiz Inácio Lula da Silva poderia unificar, porque Lula representa o que os trabalhadores têm como direito em suas organizações”, afirmou.

Benedita disse que o ex-presidente Lula tem uma trajetória política de organização dos trabalhadores. “E os trabalhadores demonstraram que confiam verdadeiramente em Lula e que querem Lula livre, porque reconhecem nele não apenas uma liderança, mas aquele que, juntamente com os trabalhadores, fez grandes mudanças neste País. E que, infelizmente, muitas desses direitos foram retiradas com a Reforma Trabalhista do governo Temer”.

O deputado Valmir Lula Assunção (PT-BA), que também participou dos atos em Curitiba, destacou que, em todo o Brasil, houve uma bandeira específica que pedia Lula livre, porque os trabalhadores brasileiros não tinham o que comemorar na sua data. “Temos a maior liderança da classe trabalhadora presa injustamente, porque parte do Poder Judiciário a persegue. Isso motiva cada vez mais a sociedade a lutar pela liberdade do presidente Lula”.

Na avaliação do deputado, foi fundamental a demonstração da unidade da esquerda em Curitiba, emprestando solidariedade ao ex-presidente. “Vamos libertar a esperança do povo, que é o presidente Lula, nas ruas. Esse é o nosso percurso nesse próximo período: lutar pela libertação do presidente Lula”, enfatizou.

Crime em Mariana – O deputado Padre João Lula (PT-MG) informou que participou nesse 1º de Maio da Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Congonhas, de toda a Arquidiocese de Mariana, cujo tema era “Mineração para que e para quem?”. “Ali pudemos ver quantos trabalhadores e trabalhadoras foram castigados pela mineração, uma atividade predatória, que os coloca em risco”, afirmou o deputado, acrescentado que basta lembrar que no próximo dia 5 vai fazer 2 anos e meio que ocorreu “o crime da Samarco/Vale-BHP, matando não só os trabalhadores de Mariana, mas também o Rio Doce”.

Padre João Lula criticou ainda a Reforma Trabalhista do governo Temer, implementada há 6 meses, que só retirou direitos, colocou trabalhadores em uma situação mais vulnerável em relação à insalubridade e pôs em xeque a própria Justiça do Trabalho e a organização sindical dos trabalhadores.

Desemprego – Ao se pronunciar, a deputada Erika Lula Kokay (PT-DF) disse que o brasileiro enfrentou o 1º de Maio com um aumento de 1,4 milhão de desempregados no País, no último trimestre. “E ainda diziam que a Reforma Trabalhista iria gerar mais empregos. Mas o efeito foi contrário. Como nós denunciamos aqui, essa reforma do governo Temer precarizou as relações de trabalho, diminuiu a renda e, ao mesmo tempo, provocou uma retração na produtividade neste País”, enfatizou.

Erika destacou que o ex-presidente Lula foi o melhor presidente para os trabalhadores que o País já teve e lamentou a sua prisão política e injusta. “Por isso, o povo quer Lula Livre, porque o povo brasileiro tem direito ao pleno emprego, que havia durante o governo Lula. O povo quer Lula Livre porque este Brasil merece a justiça e a democracia”.

Foi também para lamentar o alto índice de desemprego que o deputado Zé Geraldo Lula da Silva (PT-PA) usou a tribuna. “Todos nós sabemos que o desemprego é uma das piores situações que estamos vivendo neste País. E nós sabemos que, se o governo quiser retomar uma agenda de geração de emprego, precisa voltar a fazer investimentos em todas as áreas, principalmente na infraestrutura”.

Vânia Rodrigues

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