A presidenta do PT nacional, deputada Gleisi Hoffmann (PR), usou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (11), para ressaltar o momento histórico que viveu na última quarta-feira (10), ao lado do presidente Lula. O ex-presidente, durante três horas, prestou solidariedade às milhares de famílias das vítimas de Covid-19 no Brasil, parabenizou e agradeceu o trabalho dos profissionais na linha de frente contra a Covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos hospitais privados, condenou a política negacionista e genocida do governo Bolsonaro e apontou caminhos para o Brasil sair das crises econômica, social, sanitária e ambiental.
Ela explicou que o momento foi histórico do ponto de vista do posicionamento da Justiça e do ponto de vista político. Do ponto de vista da Justiça, porque ele foi submetido a uma perseguição jurídica, que tudo o que ele falava era verdade. O processo contra ele era ilegal e não poderia ser julgado pelo juiz Sérgio Moro e nem pela Justiça Federal de Curitiba. “Lula sempre pediu um julgamento justo e sempre denunciou que aquele processo, aquela injustiça, aquela ilegalidade ia ter reflexos não só na vida dele, mas na vida de todo o Brasil”, afirmou Gleisi.
Do ponto de vista político, a parlamentar disse que mesmo tendo passado cinco anos sendo humilhado e perseguido, Lula não estava magoado, irritado ou carregando ódio. Ontem, no Sindicato dos Metalúrgicos, tinha um homem querendo lutar pelo Brasil.
“Esse homem fez uma conclamação ao Brasil, chamou todas as forças políticas e sociais, todos aqueles que querem se contrapor ao desastre que estamos vivendo no Brasil, chamou todos aqueles que querem lutar pela vacina para o povo, para ajudar os governadores e prefeitos a protegerem o nosso povo da pandemia, chamou todos aqueles que querem que o povo tenha a renda emergencial de R$ 600, e não apenas de R$ 250 por 4 meses.
Governo da Morte
A deputada Gleisi Hoffmann também lembrou que Lula pediu para que os brasileiros não seguissem os absurdos que o presidente Jair Bolsonaro fala, mas que seguissem o que os médicos e a ciência falam.
“Lula chamou todos aqueles que querem lutar por emprego e por trabalho para o povo, contra a carestia, por condições dignas de vida, e, claro, fez um enfrentamento a este governo da morte. Não sigam os conselhos de Jair Bolsonaro quando ele pede que não se use máscara, que não se faça isolamento social, que não se cuide na pandemia. Vamos seguir o que dizem os médicos, o que dizem os cientistas, o que dizem aqueles que querem proteger o povo”.
Eleições 2022
Para ela, Lula não falou das eleições de 2022, porque o que mais importa agora é salvar o Brasil e os brasileiros da pandemia. “O presidente Lula mostrou ontem o que é ser um estadista, o que é ser uma liderança que tem condições, sim, de dirigir os destinos de um País. Mas não falou de eleição, porque para Lula 2022 está muito longe, nem se colocou. Para o Presidente Lula, o que importa é 2021, uma grande aliança entre aqueles que querem salvar o Brasil da crise a que nós estamos submetidos e dar dignidade ao povo brasileiro. É essa a luta que sempre empreendemos, é essa a luta que Lula nunca deixou de fazer”, finalizou Gleisi Hoffmann.
Lorena Vale