A cruzada contra a retomada do papel do Estado como indutor do crescimento do país tem se intensificado nos últimos meses, à medida que o presidente Lula redireciona investimentos públicos em prol do povo brasileiro. Porta-vozes do sistema financeiro, veículos da mídia corporativa têm se revezado nos ataques e na tentativa de demonizar o governo Lula perante a opinião pública.
No sábado (27), o Estadão publicou um editorial em tom de ameaça a Lula, sugerindo que o projeto de governo do presidente não representa a frente ampla vencedora nas eleições. O ataque infundado recebeu uma resposta à altura da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
“Editorial do Estadão hoje escancara a usurpação da vontade popular que inspira os donos da mídia, porta-vozes da política da desigualdade social e do atraso na economia em nosso país”, reagiu Gleisi, pelo X. “Ao contrário do que dizem, é impossível apartar a defesa da democracia da agenda econômica, política e social que Lula apresentou na campanha de 2022”, esclareceu a petista.
“São eixos constitutivos de um mesmo projeto de país que Lula, PT e aliados sempre representaram. E que venceu a fome, reduziu a desigualdade e fez do Brasil um país soberano, a sexta economia do mundo”, lembrou.
Editorial do @Estadao hoje escancara a usurpação da vontade popular que inspira os donos da mídia, porta-vozes da política da desigualdade social e do atraso na economia em nosso país.
Ao contrário do que dizem, é impossível apartar a defesa da democracia da agenda econômica,…— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 27, 2024
Gleisi também reiterou: a agenda que flerta com o desastre não é a de Lula, mas o neoliberalismo mofado defendido com fidelidade canina pelo jornal, responsável por milhões de famintos no país nos últimos anos, sobretudo durante o governo derrotado nas eleições. “Bolsonaro foi o escolhido para aprofundar aquela agenda socialmente insustentável”, denunciou a deputada federal.
“Nunca foi uma “escolha difícil”: foi a opção mesquinha de nossas elites retrógradas, até se revelar disfuncional mesmo para elas, com a pandemia, os ataques às instituições e a crise nacional que gerou”, ressaltou.
“O que o Estadão e seus pares não admitem é que Lula não foi mero instrumento para livrar o país de Bolsonaro e seu desastre”, insistiu. “Lula foi eleito para governar, com um programa de reconstrução e transformação do país”.
No mesmo final de semana, O Globo e Folha juntaram-se ao discurso privatista e antinacional do Estadão, subindo o tom em ataques ao BNDES e a um intervencionismo supostamente nocivo ao país. Todos foram prontamente rebatidos por Gleisi.
“Donos do Estado”
“O alinhamento dos editoriais de O Globo, Estadão e Folha é a prova de que o presidente Lula está certo nas ações que induzem o crescimento da economia”, defendeu a parlamentar. “Eles, que sempre se beneficiaram da desigualdade e da concentração de renda, que sempre foram donos do Estado, têm crises de urticária quando ouvem falar em planos de investimento público, desenvolvimento, emprego e renda do trabalhador”, denunciou.
O alinhamento dos editoriais de @JornalOGlobo, @Estadao, @folha é a prova de que o presidente Lula está certo nas ações que induzem o crescimento da economia. É a reação automática dos donos dos jornalões e seus sócios entre as elites retrógadas.
Eles, que sempre se…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 28, 2024
“Vamos lembrar que eles foram contra a Lei do Petróleo, que criou a Petrobrás e o monopólio estatal. E aquela lei gerou a maior empresa do país, constituída com recursos públicos, que acaba de bater recorde de mais de 500 bi em valor de mercado”, elencou Gleisi. “E quando Getúlio criou o BNDES, em 1952, menos de um ano depois já estavam pedindo CPI. É o mesmo banco público que atacam agora, porque vai financiar parte importante da modernização e recuperação da indústria”.
“Poucas coisas são tão miseráveis em nosso país como a cobertura e o debate econômico na mídia, aquele que chega ao público”, sentenciou Gleisi. “Mesmo com o retumbante fracasso das políticas neoliberais, de Pedro Malan e Armínio Fraga a Paulo Guedes e Campos Neto, seguem pregando Estado mínimo e arrocho fiscal, num sectarismo fanático”, criticou. “Isso está superado na teoria e na prática no mundo inteiro. Não aprenderam nem leram nada nos últimos 30 anos, mas ficam cobrando autocrítica do PT e de Lula”, concluiu a petista.
Por PT Nacional