O deputado Givaldo Vieira (PT-ES) avaliou no domingo (11) que houve omissão e negligência do governo federal em tratar a crise de segurança pública no Espírito Santo. “O governo Temer demorou muito a dar uma resposta, foram enviando tropas a conta gotas, em um número inexpressivo, o que com certeza provocou o sacrifício de vidas e prejuízos psicológicos das pessoas”, afirmou o petista.
Depois de oito dias sem policiamento nas ruas, num movimento iniciado por esposas de policiais militares no Espírito Santo reivindicando melhorias salariais para a PM, o registro é de quase 150 homicídios, fechamento de escolas e do comércio. No último sábado, cerca de 800 policiais militares retornaram ao trabalho. O deputado Givaldo Vieira criticou a lentidão na resposta do governo federal ao pedido de tropas para garantir a segurança no Espírito Santo.
“Desde o início do movimento buscamos, junto ao governo federal, uma resposta para apoiar o estado. Depois de muita insistência nossa, eles mandaram 80 homens da Força Natural do Rio na segunda à noite. Depois de muita insistência também mobilizaram cerca de 220 homens do Exército local, que foram para as ruas, e na terça-feira chegou um grupamento de 120 de Brasília e somente na quarta à noite chegaram 600 soldados, quando o Espírito Santo ficou então com um total de 900 soldados. Hoje fala-se que temos 3.130 homens em todo o Estado. Mas como a polícia está ausente, é um número insuficiente”, reiterou o parlamentar petista.
Givaldo Vieira criticou o descaso do governo federal com o problema e alerta sobre os impactos em todo o Brasil. “A crise que eclodiu no Espírito Santo na área da segurança é uma face mais visível, mais dura, mais assustadora do que está por vir em todo o País em função dessa onda de política de recessão. Isso foi um atentado ao Espírito Santo, atentado contra o Brasil e alimenta a possibilidade de um movimento nacional. Os impactos podem ser incalculáveis”, ressaltou o petista.
PT na Câmara com Agências