Além da ameaça de privatização dos Correios, verbalizada na terça-feira (7) por Jair Bolsonaro, os trabalhadores da estatal ainda enfrentam práticas de assédio moral por parte da direção da empresa. Bolsonaro disse que “se pudesse, privatizaria [os Correios] hoje”.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) denunciou, em sua conta no Twitter, que a direção dos Correios está sugerindo a saída dos trabalhadores da empresa pública que não concordarem com o aumento no compartilhamento das despesas do plano de saúde dos empregados. “A escalada contra os Correios e os trabalhadores brasileiros não para”, escreveu Monteiro.
Segundo o parlamentar, a direção da empresa anunciou nesta semana que vai aumentar de 30% para 50% o compartilhamento destas despesas com os funcionários.
O deputado mineiro destaca que essa medida, anunciada em nota pelos Correios, ainda seria analisada e julgada pelo presidente do STF. Segundo Monteiro, esse foi o acordo realizado com o próprio Dias Toffoli durante reunião no último mês de dezembro.
“O texto da nota representa um claro assédio moral sugerindo a saída daqueles trabalhadores que não concordarem com o aumento e mostra também a intenção desse desgoverno em prejudicar os empregados que serão impedidos de continuarem com os planos”, criticou Monteiro.
Participaram deste encontro representantes de entidades dos trabalhadores dos Correios, Leonardo Monteiro e o senador Paulo Rocha (PT-PA).
“Seguimos firmes na luta em defesa dos Correios e iremos ao STF novamente tentar reverter mais esse grave ataque os direitos dos trabalhadores”, garantiu o deputado.
Héber Carvalho