A Frente Parlamentar de Direitos Humanos da Câmara promoverá um ato público na próxima terça-feira (14), às 16h, para chamar a atenção da sociedade para o julgamento dos responsáveis pelo Massacre de Felisburgo, ocorrido na fazenda Nova Alegria, no estado de Minas Gerais, há nove anos. O julgamento está marcado para o dia 15, em Belo Horizonte. Adriano Chafik, mesmo tendo confessado ser o mandante do crime, continua em liberdade.
O ato, na Câmara, foi sugerido pelo deputado Nilmário Miranda (PT-MG), que à época era ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e esteve no local da tragédia. O ato, segundo Nilmário, além de chamar a atenção da sociedade, será mais um clamor por justiça. Ele lembrou que, pela gravidade do ocorrido, o caso teve repercussão nacional e internacional.
Participarão do ato da Frente de Direitos Humanos a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, além de representantes de representantes de entidades ligadas aos direitos humanos e parlamentares.
Os deputados Nilmário Miranda, Domingos Dutra (PT-MA) e Margarida Salomão (PT-MG) acompanharão o julgamento em Belo Horizonte.
Para entender o caso – Em 20 de novembro de 2004, 17 homens liderados pelo latifundiário Adriano Chafik Luedy, invadiram o acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, região do Vale do Jequitinhonha (MG). Armados com pistolas, escopetas e rifles, os criminosos colocaram fogo nos barracos e em uma escola, mataram cinco integrantes do MST e deixaram 20 pessoas feridas, entre elas uma criança de 12 anos. O caso ficou conhecido como Massacre de Felisburgo. As famílias que viviam no local já tinham denunciado à Polícia Civil as ameaças recebidas desde 2002.
Equipe PT na Câmara