A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom), criada em abril passado, reuniu-se nesta terça-feira (4) e os seus integrantes reafirmaram a expectativa de que o governo envie ao Congresso Nacional uma proposta de atualização do marco regulatório da mídia brasileira.
O deputado Emiliano José (PT-BA), um dos coordenadores da FrenteCom, partilha desta opinião e informa que a frente parlamentar pretende estimular o debate sobre o tema. “Esperamos que, brevemente, o governo envie uma proposta do novo marco regulatório da comunicação brasileira para debatermos no Parlamento, assim como foi feito com o marco civil da Internet. Queremos estimular esse debate e, para isso, estamos pensando em realizar um seminário internacional para discutir e trocar experiências com outros países, que possuem uma outra visão da comunicação, para cotejarmos isso com as nossas próprias experiências”, afirmou o deputado.
Emiliano José, que foi professor do curso de Comunicação na Universidade Federal da Bahia (UFBA) por 25 anos, avalia positivamente a atuação da FrenteCom e rechaça o discurso de parte da mídia que trata as propostas de regulação como tentativas de censurar a imprensa.
“A Frente tem cumprido o seu papel de colocar o debate do direito à comunicação como algo essencial para a democracia brasileira. Evidentemente, remamos contra a maré, pois sempre que falamos em direito à comunicação vem o fantasma que a velha mídia cria, propositadamente, da censura da restrição à liberdade de imprensa, mas somos nós que temos autoridade para falar em liberdade, porque combatemos a ditadura e lutamos contra qualquer tipo de censura à imprensa brasileira. O que não abrimos mão é da possibilidade de as muitas vozes silenciadas na sociedade brasileira se expressarem através dos meios de comunicação, ao invés de ficarmos reféns de três ou quatro famílias que são os senhores do discurso sobre a realidade brasileira. Queremos tornar a mídia brasileira mais plural, democrática e diversa, como tantos outros países já fizeram e fazem”, argumentou Emiliano.
Para saber mais sobre a FrenteCom, acesse o blog do órgão: http://frentecom.wordpress.com
Rogério Tomaz Jr.
