O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) disse que o pedido de demissão de Sérgio Moro, do cargo de ministro da Justiça, mostra uma total desorganização do governo Bolsonaro e falta de compromisso com o Brasil. “Bolsonaro quer ter papel de rei, mandar e desmandar acima da ordem, da justiça e da Constituição. Ele quer trazer de volta os tempos do “colarinho branco”, quando os mandatórios mandavam em tudo”, disse o deputado.
Frei Anastácio destacou que o tempo do colarinho branco no Brasil foi extinto nos governos petistas. O próprio Moro enfatizou três vezes em sua entrevista, essa liberdade dada à Justiça, ao Ministério Público e à Polícia Federal nos governos do PT. “Além de total liberdade, os governos do PT equiparam a PF. Antes de Lula assumir, os agentes da PF ainda trabalhavam com gravador de pilha antigo”, relatou.
Segundo o parlamentar, diante da pandemia e de todos os desmandos no País, o governo Bolsonaro não tem mais nenhuma condição de se sustentar. “Bolsonaro só tem duas saídas: renunciar ao cargo ou passar pelo Impeachment. A saída de Moro expôs ainda mais as pretensões milicianas e ditatoriais de Bolsonaro e seu clã”, afirmou.
Vergonha como juiz e como ministro
Frei Anastácio disse que Moro deu uma tapa na própria cara, ao reconhecer publicamente a liberdade que o Ministério Público e a Polícia federal tiveram para trabalhar nos governos do PT. Segundo o parlamentar, pela liberdade que a justiça tinha para trabalhar, Moro pôde até agir de má fé para condenar Lula, de forma injusta, apenas por suposição. Como ministro, segundo o deputado, Moro atacou a democracia e calou sobre Queiroz, Marielle, Fake News, ataques de Bolsonaro ao TSF e Congresso nacional.
“Ele fez tudo aquilo, já pensando no cargo de ministro e almejando uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Moro é um dos principais responsáveis por toda essa desgraça que tomou conta do Brasil, com a eleição de Bolsonaro. Trabalhou para impedir qualquer chance de candidatura de Lula a presidente, e fez campanha abertamente para Bolsonaro. Como juiz, Moro foi uma vergonha. E como ministro, não foi diferente. Ele sabia que o governo de Bolsonaro seria assim, ditatorial. Mas, como está vendo a troça descendo a ladeira, a passos largos para um impedimento decidiu sair da passeata porque tem pretensões políticas”, concluiu o deputado.
Assessoria de Comunicação