O deputado Frei Anastácio (PT-PB) criticou as declarações do presidente Bolsonaro, contra governadores do Nordeste, de que as escolas nordestinas formam militantes. “Como disse Paulo Freire, a educação tem que deixar o aluno a “ler o mundo”, para poder transformá-lo”, disse o deputado.
Frei Anastácio observou que é a opção de cada governador nordestino de não aceitar escola militar, tem que ser respeitada. “A crítica de Bolsonaro de que as escolas do Nordeste só formam militantes é mais uma discriminação ao povo nordestino. Eu pergunto: e as escolas militares formam o que? Será que as escolas miliares não formam militantes militares? É isso que todos devem aceitar, só porque o presidente acha certo?”, indagou o deputado.
Para o parlamentar, na verdade, “o presidente tem medo de que o povo aprenda a pensar, a discernir e simplesmente não aceite tacitamente tudo que é dito, como faz a grande maioria dos que o elegeram”, afirmou o deputado.
Manual militar
Frei Anastácio relatou que o manual das escolas militares, divulgado pela grande mídia na edição de hoje é claro: os estudantes seguem um modelo estritamente com normas militares. “Um modelo que deve ser adotado para quem quer ingressar nas forças armadas, por livre e espontânea vontade. Impor a implantação de escolas militares é uma forma autoritária de tentar implantar uma ideologia”, afirmou.
O deputado argumentou que não está retirando os méritos direcionados das escolas militares. “Mas, impor que elas sejam implantadas, porque as outras formam militantes de esquerda, como quer o presidente Bolsonaro é, sim, tentar implantar uma militância”, concluiu.
Assessoria de Comunicação