O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) disse que o recuo de Bolsonaro não deve ser passaporte para que as instituições deixem de abrir processos contra os atos antidemocráticos e criminosos cometidos pelo presidente da República, no dia 7 de setembro.
“Bolsonaro além de cometer crimes saiu derrotado, humilhado, ficou encurralado e desmoralizado perante o País e seus próprios seguidores. Há três saídas para ele: renunciar, sofrer um impeachment, ou esperar para ser derrotado fragorosamente nas eleições de 2022. O governo Bolsonaro acabou. É um projeto de poder falido”, decretou o deputado.
Passou dos limites
Frei Anastácio disse que Bolsonaro já tinha crimes suficientes para ser responsabilizado, e com esses atos do dia 7 de setembro passou dos limites. “Ele fez mobilização durante três meses, em várias cidades, gastando dinheiro público como convocação para aquele ato criminoso. Precisa ser punido”, observou o deputado.
Frei Anastácio relatou que essa é a prática de Bolsonaro desde que assumiu o governo. “Ele vem fazendo testes com investidas contra a democracia e já fez isso outras vezes. E só recuou agora, porque esperava dois milhões de pessoas na Avenida Paulista. Como o golpe fracassou, e as instituições democráticas do País inteiro repudiaram as bravatas, Bolsonaro se sentiu encurralado, derrotado e fez esse recuo. Essa é uma das características dos fascistas: diz uma coisa e depois recua, ou muda de tom para confundir”, disse Frei Anastácio.
Caminhoneiros
O parlamentar também criticou as incitações de Bolsonaro, para que os caminhoneiros ligados ao agro fizessem bloqueio de estradas. “Bolsonaro insuflou um movimento contra o próprio governo. É o governo federal que autoriza aumentos nos combustíveis. Mas, de forma descarada, os caminhoneiros diziam que estavam bloqueando estradas, contra o STF. O que o STF tem a ver com combustível. É um governo perdido, sem projeto para o País, que se afogou na ilusão das fake news”, indagou.
Assessoria de Comunicação