Frei Anastácio acusa Bolsonaro de esvaziar e transformar a Funai em um órgão anti-indigenista

Deputado Frei Anastácio (PT-PB) - Foto: Gabriel Paiva

O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) acusou Bolsonaro de esvaziar e transformar a Funai num órgão que perdeu sua verdadeira função, que era proteger os povos indígenas, mas passou a implementar políticas anti-indigenistas. “Eu me solidarizo com os indígenas de todo o País, diante dessa situação imposta por esse governo, especialmente, com os povos Tabajara e Potiguara que somam mais de 20 mil cidadãs e cidadãos paraibanos”, destacou o deputado.

Frei Anastácio alerta que a Funai se tornou um órgão que não tem dado atenção à política de demarcação de territórios, e ainda persegue servidores e lideranças indígenas. “Quem devia proteger, hoje negligencia”, lamentou Frei Anastácio.

O parlamentar disse que isso é resultado do esvaziamento do órgão e da militarização de cargos estratégicos e lembra ainda que de acordo com relatório feito pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e pela INA (Indigenistas Associados) a Funai, tem sofrido no governo Bolsonaro, um drástico corte orçamentário, assédio institucional, alinhamento com a agenda ruralista e omissões na esfera judicial.

Desmonte das equipes

Frei Anastácio citou ainda que mesmo a Funai tendo sido criada durante a Ditadura Militar, é durante o governo de Bolsonaro onde o maior número de cargos são ocupados por militares, que esses desmandos estão acontecendo. “Fora a militarização dos cargos, há um desmonte das equipes técnicas da Funai. Em 2020, por exemplo, havia mais cargos vagos do que ocupados”, pontuou.

“O mais revoltante é saber que Bolsonaro sempre deixou muito claro o que achava da demarcação de terras e chegou até a comentar que daria uma foice no pescoço da Funai. Infelizmente, pagaram para ver e hoje assistimos uma sequência de episódios tristes na Funai. Essas ações do governo também incentivaram o avanço de grileiros, madeireiros e mineradores ilegais nas terras indígenas. No meio de todas essas irregularidades tem o agravante do que ocorreu com o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira”, lamentou.

Assessoria Parlamentar

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