O Brasil está à deriva. Após cinco anos de governos que rezam a cartilha do fundamentalismo liberal na economia, o país volta ao mapa da fome e vê 117 milhões de brasileiros vivendo em insegurança alimentar. O desemprego dispara e atinge mais de 20 milhões de pessoas, e a informalidade cresce e mais de 33 milhões vivem com empregos precários. O deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos líderes da oposição na Câmara Federal, usou a tribuna virtual essa semana para alertar para a urgência da retomada de um projeto de desenvolvimento nacional, a exemplo do que o Brasil promoveu durante os governos de Lula e Dilma.
“Ao longo de 13 anos, sob as lideranças dos presidentes Lula e Dilma, o Brasil implementou um projeto de desenvolvimento nacional que trouxe crescimento econômico, distribuição de renda, combate à desigualdade, à pobreza e à fome”, destacou. O deputado lembrou que as políticas desenvolvidas naqueles anos foram responsáveis pela geração de 22 milhões de empregos e pela menor taxa de desemprego da história, quando ficou em 4,3% no final de 2015.
Valorização do salário mínimo
Henrique Fontana, que foi líder dos governos Lula e Dilma na Câmara, salientou que nesse processo de distribuição de renda e de fortalecimento do mercado interno, houve o aumento do salário mínimo em valor real de 74%. Disse, ainda, que a implementação do Bolsa Família, o mais robusto programa de proteção social da história recente do País, que infelizmente vai sendo abandonado pelo atual governo, a adoção de uma política de conteúdo local e o fortalecimento da agricultura familiar também foram pilares fundamentais do projeto de desenvolvimento nacional. “A soma desses esforços levou o Brasil a sair do mapa da fome. E estas conquistas fizeram com que 36 milhões de brasileiros deixassem a linha de miséria no país”, afirmou.
Reservas internacionais multiplicadas
O parlamentar também desmontou o discurso daqueles que dizem que “o PT quebrou o Brasil”. Fontana disse que quem multiplica por 10 o volume de reservas internacionais não quebra um país. “Lula e Dilma fortaleceram a economia brasileira. Um dos dados que sintetiza essa informação é o crescimento das reservas internacionais do país, que saltaram de 37 bilhões de dólares em 2003, para 380 bilhões de dólares no ano em que a presidenta Dilma sofreu o golpe”, ressaltou.
Retrocessos
Aqueles que diziam “ou tem direitos ou tem empregos”, retiraram boa parte dos direitos e, junto, boa parte dos empregos. Hoje, o Brasil tem carência de direitos, carência de empregos, aumento da concentração de renda e a fome de volta. A política de valorização do salário mínimo acabou e a inflação voltou – a taxa de inflação dos últimos 12 meses é a maior registrada nos últimos 25 anos.
Henrique Fontana alertou que o Brasil está à deriva, sem governo e sem política econômica e social. “O que o Brasil precisa urgentemente é da retomada de um projeto de desenvolvimento nacional, com mais investimentos públicos, retomar a política de valorização do salário mínimo, de um programa de renda mínima bem estruturado e permanente e de uma política de geração de emprego. Precisamos de mais Estado na economia para regular as distorções geradas pelo fundamentalismo liberal”, avaliou.
Para Fontana, o governo Bolsonaro deverá ser considerado o pior governo da nossa história. Ele defendeu que a Câmara deve analisar um dos mais de 100 pedidos impeachment que estão engavetados pelo deputado Arthur Lira, que indevidamente está protegendo o presidente.
Assessoria de Comunicação