O deputado Fernando Ferro (PT-PE) usou a Tribuna nesta sexta-feira (16) para elogiar o programa de combate ao crack lançado nesta semana, em Pernambuco. O programa “Crack, é possível vencer” foi lançado em dezembro de 2011 e Pernambuco é o primeiro estado a aderir o projeto e a firmar parceria com o governo federal para implementá-lo.
“Qualquer governante sério não pode descuidar do grave problema das drogas hoje em nosso País. Essa é uma situação que já se conduz para uma epidemia, em particular, uma ameaça terrível para os jovens, em que se verifica que o processo de drogadição está se iniciando cada vez mais cedo”, enfatizou Fernando Ferro.
O deputado elogiou a iniciativa do governo Dilma Rousseff, “que em boa hora anuncia programa de combate ao crack, vários eixos”. O deputado citou entre eles a prevenção, com educação. “E aí está o papel da escola, o papel da família para orientar sobre o risco das drogas”, disse. Para Fernando Ferro é preciso ter coragem de tratar desse assunto de uma maneira em que se envolva responsabilidade de pais, professores, igrejas e de todos aqueles que atuam no processo de educação.
Fernando Ferro disse também que não se pode esquecer das chamadas drogas lícitas, “as drogas legais como o álcool, que é a principal droga responsável pela violência na nossa sociedade, os acidentes de carro e a violência doméstica”. O deputado alertou ainda que esse acesso ao álcool é a porta inicial para as outras drogas. “É evidente que as drogas proibidas, como o crack, a maconha, a cocaína e outros, são de um poder de destruição maior, de a dependência. É uma doença que tem que ser tratada”, defendeu
E, por isso, continuou o deputado, que essa política de combate ao crack deve passar pela consolidação de centros de recuperação, para poder acolher essas pessoas que já estão em processo de dependência exagerada. “Ao mesmo tempo, temos que ter a vertente da repressão: a polícia tem que estar atenta, preparada e qualificada para reprimir o tráfico de drogas”.
Convênio – A proposta do governo federal é que, até o meio do ano, oito estados brasileiros façam parte do projeto. Um dos pré-requisitos para participação no programa é que os estados estejam com os equipamentos de saúde para atendimento de dependentes químicos devidamente aparelhados e funcionando. Com o convênio assinado entre os governos federal e de Pernambuco, o estado vai receber, entre repasses e aplicação direta, cerca de R$ 85 milhões para programa de combate ao crack. Até 2014, estados e municípios devem receber R$ 4 bilhões da União.
Vânia Rodrigues
