O deputado Fernando Ferro (PT-PE) demonstrou em plenário o quanto é nefasta a mistura entre má-fé e desinformação que tem motivado uma série de distorções acerca dos responsáveis pelos altos índices de violência no País. Segundo o deputado, a insistência de líderes da oposição de culpar o governo federal pelo problema revela não somente ignorância, mas um uso eleitoreiro da questão.
“Sabemos que a responsabilidade pela segurança nos estados, constitucionalmente, compete aos governadores. Portanto, o governo federal só subsidiariamente, através da Força Nacional, quando solicitado pelos governadores, poderá intervir na situação dos municípios”, explicou o deputado.
Ferro disse se tratar do “eleitoralismo mais barato, vulgar, irresponsável e desqualificado que existe”. Em vez desse tipo de discurso, a oposição, segundo o petista, seria mais produtiva se propusesse um debate sobre segurança, porque “é preciso discutir o papel do Estado brasileiro frente ao crescimento dos indicadores de insegurança na sociedade”.
“Eu acho que é possível e é necessário fazer esse debate, para que o governo federal possa atuar diretamente nessa questão da segurança pública. Acredito que essa seja uma discussão necessária e que está sendo provocada nessa Casa. Agora, não se admite que alguém venha aqui desinformar, tentar iludir e enganar a população e criar um clima de pessimismo e de derrota nas ações dos governadores”, completou.
Fernando Ferro ressaltou ainda a necessidade da participação da população nesse debate, que não pode ser travado de maneira enviesada, oportunista, irresponsável e mentirosa, como sugere a oposição. Para o deputado, há atualmente a obrigação de levantar essas questões, evitando a disseminação de informações que tentam criar um clima de pessimismo e de derrota para associar isso à disputa eleitoral.
“Acho que a oposição, por não ter um projeto, não ter um programa, não ter propostas para o País, quer trabalhar exatamente na estabilidade emocional e na criação desse clima, que nós estamos vendo alguns trabalhar”, disse.
PT na Câmara