O fechamento de 94 escolas em São Paulo, proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), será tema nesta quinta-feira (26), de audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, às 10h. Estima-se que “reestruturação” – eufemismo usado pelo governo do Estado para definir o fechamento das escolas – afete 74 mil professores e que 311 mil alunos tenham que mudar de escola.
Segundo o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP), proponente da audiência pública, o objetivo do encontro é promover um debate sobre o impacto causado pelas demissões de professores e funcionários da rede pública estadual. “A proposta de reorganização escolar do ensino paulista não foi explicada a professores e alunos e o que vemos são medidas impostas de maneira autoritária e unilateral”, pondera.
Como reação à proporta do governo tucano, estudantes e professores haviam ocupado, até a noite de terça-feira (24), 152 escolas. O movimento é crescente e tem o apoio das famílias dos estudantes prejudicados com as medidas de Alckmin.
A audiência convocou o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Cornelis Voorwald, para que ele explique as alterações propostas pelo governo Alckmin. Já confirmaram presença Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da APEOESP, e Maria Rehder, coordenadora de projetos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Prascidelli destaca que o encontro ajudará a esclarecer dúvidas e avaliar a dimensão da reestruturação. “São Paulo convive há algum tempo com salas de aula superlotadas, desvalorização do professor e falta de investimentos na Educação e agora o governo estadual tenta impor, sem debate com a comunidade, uma remodelação que sucateará ainda mais o ensino público paulista”, afirma o deputado.
Assessoria Parlamentar
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
