Nova explosão de casos e mortes por Covid-19 registrados nas últimas 24 horas assombra os brasileiros. Segundo dados do Consórcio de Imprensa dessa quinta-feira (2), o País chegou a 629.995 óbitos desde o início da pandemia. Ontem foram 917 mortes causadas pela doença. A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 689 – a maior registrada desde 26 de agosto de 2021 (quando foi de 696). Em comparação à média de duas semanas atrás, a variação foi de +168%. Há tendência de alta nos óbitos decorrentes do novo coronavírus.
O Brasil também anotou 286.050 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, totalizando 26.099.735 diagnósticos confirmados desde o começo da pandemia, superando a marca dos 26 milhões. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 188.116. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +58%, o que indica tendência de alta nos casos da doença.
A alta no índice de mortes pela covid-19 é resultado da explosão de casos que a variante ômicron vem causando desde o fim do ano passado. Oito estados e o Distrito Federal já estão com mais de 80% dos leitos de UTI para a covid ocupados.
Ao comentar os dados alarmantes, o deputado Jorge Solla (PT-BA) disse que um dos motivos desse aumento está relacionado ao negacionismo de muitos que não tonaram a vacina, não aderiram à campanha de imunização.
Para o deputado, o Brasil hoje está descolado das políticas que todos os países sérios adotam para ampliar a vacinação: “campanhas ostensivas de publicidade ressaltando a segurança e efetividade das vacinas de um lado, e do outro, restrições e punições severas para quem não tomou a vacina”.
“Os direitos individuais não são ilimitados, vivemos em sociedade, e a decisão de não vacinar não coloca em risco apenas a própria vida de negacionista, ele se torna um vetor de transmissão e do surgimento de novas variantes”, argumentou Solla.
O deputado avaliou sobre medidas que poderiam ser tomadas para frear novamente o avanço do novo coranavírus.
“Infelizmente, a realidade é que deveremos aprender a conviver com o coronavírus nos próximos anos. Novas variantes vão surgir, e ter a capacidade de dar respostas rápidas vai ser fundamental. Isso só será possível com a coordenação nacional do SUS feita pela Ministério da Saúde”, avaliou.
O Brasil, segundo o parlamentar, deve investir para ampliar a capacidade de produção de vacinas em território nacional, “para rapidamente termos a capacidade de produzir imunizantes adequados para cada nova variante que surgir.”
Fechar cerco
Por outro lado, o deputado entende que há necessidade de se fechar o cerco aos não vacinados, “adotando o passaporte vacinal para ingresso em ambientes fechados, transporte público, bares e restaurantes, estádios de futebol e onde for possível realizar o controle sanitário”.
Fake news sobre vacina
Jorge Solla defende ações concretas no sentido de coibir mentiras que são espalhadas pelo próprio governo contra a vacina.
“Precisamos trabalhar unidos à Polícia Federal para desbaratar as redes virtuais que cometem crime contra a saúde pública ao espalhar mentiras sobre as vacinas. Quando começar a dar cadeia, a coisa para”, defendeu.
Benildes Rodrigues com informações do G1