“Restou claro nas denúncias que os dispositivos institucionais da empresa encontram-se corrompidos e dominados”, denuncia Maria Fernanda Coelho, ex-presidenta da Caixa 2006-2011
As denúncias de assédio moral e institucional no âmbito da Caixa contra Pedro Guimarães são estarrecedoras. A desenvoltura com a qual agia, o comportamento reiterado ao longo destes anos traduzem uma gestão que se caracterizou pela dilapidação do patrimônio público, desrespeito aos empregados, com perseguições e deboches, levando ao adoecimento de amplo contingente de empregadas e empregados.
Nossa solidariedade às colegas que ousaram denunciar e registrar a série de abusos cometidos; faz-se necessário, de imediato, que tenham o apoio e a proteção necessária e contem com a devida reparação e o reconhecimento da violência. Vocês mostraram a essência desta gestão corporativa cravada de abusos, humilhação e dor.
É fundamental a criação de uma comissão de apuração extraordinária, com a presença de representantes externos; restou claro nas denúncias que os dispositivos institucionais da empresa encontram-se corrompidos e dominados.
Registramos a resistência e coragem do colega Pedro Eugenio, recentemente falecido, que há 03 anos ousava denunciar os assédios morais e sexuais. Em seu nome, nosso reconhecimento a todas e todos que se dedicam a construir a Caixa pública.
“A verdade vencerá a mentira” (Papa Francisco).
Brasília, 29 de junho de 2022.
Maria Fernanda Coelho, ex-presidenta da Caixa 2006-2011, admitida por concurso público em 1984.