Erika pede respeito ao verde amarelo e rechaça golpe: “Nada suplantará a liberdade”

Erika kokay Gustavo

Na véspera de Brasília completar 56 anos, no dia 21 de abril, a deputada Erika Kokay (PT-DF) citou palavras proferidas pelo arquiteto Oscar Niemeyer que, em 1978, no período da Ditadura Militar – disse que o Brasil viveria liberdade duradoura e teria os direitos das pessoas assegurados de forma irreversível. A lembrança da deputada reporta para os recentes acontecimentos protagonizados por aqueles que tentam emplacar um golpe no País ao admitirem, na Câmara, o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff.

“O voto que foi dado a favor do golpe na Câmara, no último domingo, é também um voto de defesa do corrupto Eduardo Cunha e também um voto de retirada de direitos da população brasileira. Por isso, nós estamos aqui para dizer que nada disso suplantará a liberdade”, disse emocionada Erika Kokay.

A deputada utilizou-se de discurso na tribuna nesta terça-feira (19) para chamar a atenção de seus pares e da sociedade brasileira para que pensem no quanto custou a democracia brasileira. Ela contou que o povo, durante o período de exceção, foi obrigado a abdicar das cores verde e amarelo. Mas, conforme relatou, essas mesmas cores foram a marca estampada nos rostos daqueles que clamaram pelo direito de votar e escolher o presidente da República. “Colocamos estas cores para dizer: Dê cá o meu Brasil de volta para que construamos nele uma democracia sólida o suficiente para assegurarmos direitos”, relembrou Erika.

Em dura crítica, Erika Kokay questionou: “Quem são os golpistas da democracia para dizer que são donos do verde e do amarelo? Que calos carregam nas mãos na construção deste Brasil? Que sofrimento e que dor sentiram por serem brasileiros? Este País saiu das entranhas das casas grandes e senzalas, mas, inegavelmente é filho de Zumbi dos Palmares. E, por isso, resiste”, reconheceu.

De acordo com a deputada, esse levante popular que se tem verificado na defesa do processo democrático, faz parte de um recado que os movimentos sociais, sindicais, estudantis e populares dizem para aqueles que num falso argumento de crime de responsabilidade, querem golpear o País. “Os brasileiros e as brasileiras foram às ruas para dizer: Não toquem na democracia. Nós não podemos aceitar um golpe construído nos porões e nas trevas. Esses acordos não podem ser ditos. Ou não é esta a realidade que nós estamos vivendo hoje?”, questionou.

A parlamentar petista questionou ainda a legitimidade do presidenta da Câmara, deputado Eduardo Cunha na condução que levou ao início do processo que visa afastar da função a presidenta Dilma. “O golpe e o acordo foram construídos para a manutenção do cargo de Eduardo Cunha, que virou herói dos golpistas, aquele sobre quem não há nenhuma dúvida de que cometeu atos de corrupção”, denunciou Érika.

“Eduardo Cunha foi aplaudido nesta Casa, num espetáculo burlesco e macabro que vivenciamos aqui no último domingo, quando o golpe foi tecido e os acordos feitos, desnudados”, lamentou.

Benildes Rodrigues

Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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