A deputada Erika Kokay (PT-DF) usou a tribuna da Câmara nesta sexta-feira (18) para defender a democracia e condenar o ódio e a intolerância que tomaram conta daqueles que não aceitam o resultado eleitoral de 2014 e tentam golpear a democracia. “Eles querem se utilizar de quaisquer métodos, inclusive o golpe, para chegar à Presidência da República”.
“É necessário acarinhar e acalantar a democracia, porque este Brasil carrega, no corpo e na alma, as marcas das botas e das baionetas, antes literais, hoje metafóricas. E digo isso, porque é preciso que a Constituição e as leis estejam acima de qualquer interesse partidário”, argumentou Érika.
Durante o pronunciamento, Erika relatou que ao se dirigir à Câmara, nesta sexta-feira, deparou com uma bandeira branca solitária na Esplanada dos Ministérios. Para ela, esse espírito de paz que essa bandeira solitária representa, precisa estar presente em todo o Brasil.
“Essa bandeira, a bandeira branca, tem que coalhar esta cidade e este País, para que respeitemos a opinião diferente, mas sem que tentemos criar, com as linhas do arbítrio, o ferimento à Constituição”, afirmou. “A República ainda está em construção e não pode ser pisoteada pelos interesses dos que não querem ser investigados”, afirmou.
A deputada disse ainda que é necessário a sociedade reagir às tentativas de golpe que colocam em risco tudo que foi construído no país. Para ela, o Brasil vive um momento grave quando não se respeita a presunção da inocência. De acordo com Erika, não existe mais presunção da inocência para ninguém que esteja vinculado ao governo atual.
“É preciso que nós reajamos a isso, em nome da manutenção daquilo que foi construído a duras penas neste País, em nome dos que tombaram, nas salas escuras de tortura, defendendo a democracia”, reiterou a petista.
Benildes Rodrigues
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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