Endividamento das famílias brasileiras é debatido na Comissão de Legislação Participativa

O brasileiro está mais endividado, segundo informações do Banco Central. As dívidas das famílias voltaram a crescer e alcançando o maior nível em três anos. A pedido dos deputados do Partido dos Trabalhadores Alencar Santana Braga (SP), Reginaldo Lopes (MG) e Enio Verri (PR), o endividamento das famílias e a retomada do crescimento foi tema de debate na Comissão de Legislação Participativa (CLP), nessa quarta-feira (18), na Câmara dos Deputados.

“Os números a cada mês, da situação dessas famílias endividadas, só aumentam. São pessoas que por alguma situação perderam o emprego ou não ganham o suficiente para honrar os compromissos que por ventura foram assumidos em outro momento”, afirmou o deputado Alencar Santana.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada com 18 mil pessoas em todo o Brasil em agosto de 2019, 64,8% dos pesquisados estão endividados. O cartão de crédito aparece em primeiro lugar com 79,3%, seguido do carnê de loja como principais causas das dívidas.

Para o deputado Reginaldo Lopes, o modelo econômico do Brasil está falido. “Não temos como endividar mais e não temos como dar mais crédito”, disse. Para ele, as políticas públicas implodiram. “O Brasil implodiu? Não, implodiram as políticas públicas. O Brasil, não. Ainda tem respostas econômicas e macroeconômicas razoáveis. Agora, se não tem povo, não tem emprego, não tem consumo, não tem economia, não tem crescimento”, explicou.

O impacto das reformas

O Defensor Público da Defensoria Pública do Estado de São Paulo Rafael Pimenta Guedes destacou que as atuais reformas propostas pelo governo de Jair Bolsonaro, a da Previdência e a Trabalhista [de Temer] recaem principalmente sobre os mais pobres.

“É preciso destacar o impacto da crise econômica e das propostas restritivas de direitos legislativos, especialmente as que têm tramitado, impactando nos direitos fundamentais das populações mais necessitadas. É natural que o teto de gastos, a Reforma da Previdência, da assistência social e a Reforma Trabalhista recaiam de maneira muito dura sobre as pessoas mais necessitadas. O impacto desse endividamento é muito maior nos consumidores mais pobres”, alertou o defensor público.

Tributação

Para o deputado Reginaldo Lopes, o modelo tributário é o que impede, também, de avançar a economia brasileira e afirmou que o imposto sobre consumo é uma vergonha. “Quem ganha mil reais paga R$ 540 de imposto sobre consumo, isso é uma vergonha”.

“A tributação sobre o consumo é notável em nosso país e é uma tributação muito severa para o necessitado. É possível perceber que a pessoa mais carente paga mais impostos do que aquele consumidor que tem mais recursos, que vai consumir menos serviço ou percentualmente vai gastar menos com a carga tributária”, alertou Rafael Pimenta Guedes.

O deputado Alencar Santana lamentou que a situação da economia Brasileira é delicada e que o consumo não está ativado da forma que gostariam e da forma necessária para que as pessoas tenham sua liberdade assegurada. “Se não conseguimos comprar nem o básico para a nossa subsistência, a liberdade e a vida de uma certa maneira são comprometidas. Sem dinheiro ninguém compra, sem comprar ninguém vende, se ninguém vende, ninguém produz e a economia continua patinando e afetando a vida das pessoas”, finalizou.

 

Lorena Vale

Foto: Lula Marques

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex