Após visitas a municípios do Estado do Acre, nessa segunda-feira (22), o deputado Leo de Brito (PT-AC) relatou a situação caótica provocada pelas enchentes que já desabrigaram mais de 130 mil pessoas no estado, além de doenças como a Covid-19 e dengue, que também ceifaram vidas e colapsam o sistema de saúde do estado. Segundo o parlamentar, mais de 10 municípios já decretaram estado de calamidade pública.
“Infelizmente o governo Bolsonaro vira as costas para o Acre nesse momento tão difícil”, lamentou o parlamentar. Ele denuncia a demora e a ausência do governo federal em socorrer o povo acreano.
O deputado classificou o que está acontecendo no estado de “tempestade perfeita”. “Estamos falando aí de uma explosão de casos e de mortes pela Covid-19. Estamos chegando perto de mil mortos aqui no estado do Acre. O sistema de saúde colapsou. E nós temos, inclusive, um surto também de casos de dengue”, relatou Leo de Brito.
Crise migratória
A crise migratória também é outro problema que se associa aos demais relatados pelo parlamentar. Segundo ele, pessoas de outras nacionalidades querem sair do Acre pela fronteira com o Peru, mas não conseguem porque a fronteira está fechada para saída e entrada de imigrantes no Peru.
Outra preocupação demonstrada por Leo de Brito é o fato de o Rio Madeira – que está na região de fronteira do Acre com Rondônia – também está enchendo. “Isso pode acarretar o fechamento da estrada que interliga o Acre ao resto do Brasil. Se ela também fica inundada, impedirá essa interligação importante, isolando praticamente todo o estado do Acre”, alertou.
Leo de Brito disse ainda que em virtude da grave crise, o apelo foi feito aos governos federal, ao estadual e à sociedade brasileira. De acordo com o parlamentar, tem muita gente se mobilizando nacionalmente na coleta de doações para ajudar muita gente que está passando necessidade e fome.
Prioridade na vacinação
“Tudo isso, junto com a situação que o Brasil já se encontra, com o fim do auxílio emergencial, o desemprego, a miséria que está chegando às pessoas, a carestia da luz, do gás, do combustível, enfim, dos alimentos. Isso está afetando grandemente a população”, lamentou.
“Nós estamos pedindo que o estado do Acre – por conta dessa situação – seja priorizado assim como toda a região Norte na vacinação. Por conta de todos esses problemas que estão acontecendo e, obviamente, queremos além da vacina, a volta do auxílio emergencial para que essa população não fique desalentada”, finalizou Leo de Brito.
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Benildes Rodrigues