Empréstimos chineses ao Brasil poderão ser quitados com mercadorias, diz Vicente Cândido

brasil china
 
Um grande passo para estreitar as relações econômicas e comerciais entre Brasil e China será dado na próxima semana. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang , acompanhado de 150 empresários, será recebido na próxima terça-feira (19) pela  presidenta Dilma Rousseff, para tratar do incremento das relações bilaterais, incluindo a possibilidade de investimentos chineses no Brasil da ordem de US$ 53 bilhões. O empresariado chinês se reunirá no mesmo dia com representantes do setor privado brasileiro na Cúpula Empresarial Brasil-China, no Itamaraty.
 
O deputado Vicente Cândido (PT-SP), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, informou hoje (15) que um dos principais avanços deverá ser um acordo pelo qual o Brasil poderá contrair empréstimos e quitá-los com mercadorias. “Outra vantagem é que os contratos são feitos em moeda nacional”, disse o parlamentar. “Na conjuntura mundial atual, precisamos de parcerias ousadas e estratégicas, como a que temos com a China.”
 
Oportunidades – Conforme o parlamentar, é de extrema importância a assinatura de acordos nas áreas financeira, de infraestrutura e de energia entre os dois países. “Espero que a presidenta Dilma e o primeiro-ministro aproveitem as oportunidades abertas para facilitar a corrente de comércio e investimentos nos dois sentidos”, disse. “O apoio financeiro chinês a empresas brasileiras que necessitam de captar recursos no momento é também uma oportunidade a ser aproveitada”, completou.
 
Na mesa de negociações, aponta-se a possibilidade de US$ 53 bilhões de investimentos chineses no Brasil. É o tema principal da cúpula dos empresários organizada pelo Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Comércio da China e Conselho Empresarial Brasil-China (CECB). De acordo com o conselho, entre os 150 empresários que chegarão ao Brasil, grande parte é vinculada a bancos e empresas de engenharia.
 
Na lista de interesses dos chineses estão projetos que já figuraram em vários pacotes de Dilma, como o da ferrovia de Lucas do Rio Verde (MT) a Uruaçu (GO), um importante canal de escoamento da soja do Centro-Oeste brasileiro. Outra obra é o linhão de transmissão da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, um investimento de quase R$ 5 bilhões que já foi anunciado pela estatal chinesa State Grid em 2014.
 
Cooperação – A visita do primeiro-ministro ocorre menos de um ano após a vinda ao Brasil do presidente da China, Xi Jinping, durante a qual foram assinados mais de 50 acordos. Os dois países tem um Plano de Ação Conjunta, um amplo e genérico documento sobre as áreas de cooperação bilateral, assinado em 2010, com prazo até 2014. A renovação foi anunciada durante a visita de Xi ao Brasil, em julho, com a intenção de estender o plano até 2021. O novo documento está em negociação.
 
Para o Brasil, a prioridade é melhorar a cooperação econômica, atrair mais investimentos chineses e remover dificuldades para a entrada de exportações nacionais na China. A expectativa do governo brasileiro é que, durante a missão chinesa, seja solucionada a questão da liberação das exportações de carne bovina do Brasil para o país. Durante a visita de Xi Jinping, em julho do ano passado, foi anunciado o fim do embargo chinês à carne brasileira, em vigor desde 2012. No entanto, ainda falta a assinatura de um protocolo sanitário.
 
O giro sul-americano do premiê ocorre num momento de crescente envolvimento financeiro e político da China com a América Latina. Em 2014, houve aumento de 71% nos empréstimos de bancos chineses a países da região, que totalizaram US$ 22 bilhões, segundo um estudo da Universidade de Boston. Com US$ 8,6 bilhões, o Brasil foi o que mais recebeu empréstimos chineses, seguido da Argentina (US$ 7 bilhões) e Venezuela (US$ 5,7 bilhões). O total supera a soma dos financiamentos da região do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
 
Em 2014, a China manteve-se como o maior parceiro comercial do Brasil, embora as trocas entre os países tenham caído 6%. Em meio à queda nos preços do minério de ferro, que representou 30,3% das exportações brasileiras para a China, a corrente de comércio caiu de US$ 83,3 bilhões em 2013 para US$ 77,9 bilhões em 2014. 
 
O país também vem perdendo espaço nas exportações do Brasil. A participação no total exportado pelos brasileiros caiu de 19,32%, de janeiro a março de 2014, para 14,47% no mesmo período deste ano, em razão da queda dos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional) e da desaceleração da economia chinesa. Mesmo assim, a China ocupou o posto de principal mercado consumidor dos produtos brasileiros no primeiro trimestre de 2015 e é considerada um parceiro comercial de importância estratégica.
 
Agenda – A programação da visita da delegação chinesa inclui jantar na noite de segunda-feira (18) em Brasília, com o empresariado brasileiro, no qual está prevista uma rodada de negócios. Na terça, ocorre a agenda da presidenta com o primeiro-ministro chinês e as conversas entre empresários brasileiros e chineses no Itamaraty, com previsão de anúncio de acordos. Na quarta-feira (20), a missão da China segue para o Rio de Janeiro. Lá, está programada a inauguração de uma exposição de marcas chinesas e um passeio de barco pela Baía de Guanabara, que deve incluir o primeiro-ministro. Em seguida ele irá à Colômbia, ao Peru e ao Chile.
 
Equipe PT na Câmara, com agências
 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100