A Embraer fechou hoje contratos para a venda de mais de 100 jatos regionais, incluindo opções, durante o Salão Internacional de Aeronáutica de Paris. Com isso, as encomendas pelo modelo de nova geração da empresa ultrapassaram 600 aviões.
A AirCastle fez um pedido firme para 25 aeronaves da família E-Jets E2 – incluindo 15 unidades do E190-E2 e dez do E195-E2 -, com direitos de compra adicionais para outras 25 unidades.
Outros compradores incluíram a United Continental Holdings, que encomendou dez unidades do E175 (com mais 18 opções), a Skywest, que comprou oito aviões, e a chinesa Colorful Guizhou, que encomendou sete unidades do E190 (com mais dez opções).
A primeira entrega do E190-E2 está prevista para o primeiro semestre de 2018.
Para o deputado Vicente Cândido (PT-SP), membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o sucesso de venda das aeronaves brasileiras no exterior é uma boa notícia para a economia brasileira.
“Por ser um produto de enorme valor agregado, com alta tecnologia e que envolve uma grande cadeia produtiva, o sucesso obtido pela Embraer deverá não apenas fortalecer ainda mais o setor aeronáutico no País, como também contribuir para a retomada do nosso desenvolvimento econômico”, destacou.
Previsões – A Embraer prevê entregar 6.350 jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos. A informação consta de relatório sobre perspectivas de mercado da companhia de 2015 a 2034. O foco do relatório é esse segmento, com valor de cerca de US$ 300 bilhões em preço lista no período.
Por região, a América do Norte responderá por 32% desse mercado, com 2.060 jatos; seguida por Europa, com 18% (1.160), China, 16% (1.020); América Latina, 11% (720); Ásia-Pacífico, 9% (550), Comunidade de Estados Independentes com 6% (380), Oriente Médio, 4% (240) e África, 4% (220). Dos 6.350 previstos, 2.250 unidades são de 70 a 90 assentos e os demais 4.100, de 90 a 130 assentos.
A frota mundial de jatos em serviço na categoria de 70 a 130 assentos, aponta o relatório, crescerá dos 2.590 aviões em operação em 2014 para 6.490 em 2034. A Embraer diz que a substituição de aeronaves antigas representará 39% das novas entregas. “Aeronaves de capacidade adequada (right-sized) podem gerar regularmente maior receita e lucro por assento, uma vez que têm menos lugares disponíveis alocados para os passageiros que pagam menos por uma passagem (low-fare)”, diz o presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva, por meio de nota.
Também nas projeções da Embraer, a demanda global por transporte aéreo, medida por receita de passageiro-quilômetro transportado (RPK), vai aumentar 2,6 vezes, a uma média de 4,9% ao ano até 2034. O Oriente Médio e a China serão os mercados com os crescimentos mais rápidos, a taxas anuais médias de 7%, ao passo que mercados mais maduros, Europa e América do Norte, terão taxas mais amenas, de 3,9% e 2,7%.
Equipe PT na Câmara com Agências