Com o lema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, jovens e senhoras de norte a sul do Brasil participarão da 5ª Marcha das Margaridas e ocuparão a Esplanada dos Ministérios nos dias 11 e 12 de agosto. A expectativa é reunir 100 mil trabalhadoras em Brasília para participar de seminários temáticos, que acontecem no Estádio Mané Garrincha, no dia 11; e da grande Marcha das Margaridas, com uma parada em frente ao Congresso Nacional, no dia 12.
As reivindicações das trabalhadoras rurais este ano estão estruturadas nos eixos temáticos da soberania alimentar; terra, água e agroecologia, sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns; autonomia econômica: trabalho e renda; educação não sexista, educação sexual e sexualidade; violência; direito à saúde e direitos reprodutivos; democracia, poder e participação.
A coordenadora-geral da Marcha, Alessandra Lunas, participou no início deste mês de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara e afirmou que a pauta de reinvindicações das mulheres rurais tem o apoio da sociedade brasileira. “Estaremos em Brasília, em agosto, em busca do apoio dos três Poderes”, disse.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), uma das autoras da audiência pública na CDH, já confirmou o seu apoio ao movimento e considerou a pauta de reivindicações justa. “Essas trabalhadoras, além da árdua tarefa de enfrentar as intempéries do campo para produzir, são mulheres que enfrentam uma nova jornada de trabalho no lar”, disse a deputada.
Ao apoiar a reinvindicação das mulheres camponesas, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) destacou que a Marcha das Margaridas também deve apoiar o empoderamento das mulheres no Parlamento. “As mulheres precisam lutar para aumentar a sua representatividade aqui nessa Casa. Infelizmente a contrarreforma política aprovada nessa Casa não acatou a proposta que aumentava a representação feminina”, lamentou.
Histórico – A Marcha das Margaridas surgiu em homenagem à trabalhadora rural e sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983, quando era presidenta do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. À época, Margarida havia movido 73 ações por direitos de trabalhadores rurais em usinas da região. Margarida morreu com um tiro no rosto, desferido por um matador de aluguel.
Equipe PT na Câmara