Em Davos, ministro da Economia de Bolsonaro coloca o Brasil à venda

“Brasil promete abrir mercado de compras do governo a estrangeiros” é chamada de matéria do jornal Valor Econômico. Segundo o jornal, o ministro Paulo Guedes pretende aproveitar a presença de investidores em Davos para efetuar o anúncio da iniciativa. A medida antinacional é a coroação do projeto de destruição e inviabilização do Brasil iniciado com a Operação Lava Jato.

A iniciativa de abrir o mercado das compras públicas aos estrangeiros é inédita, segundo o Valor. Ao aderir ao acordo GPA (Government Procurement Agreement), o Brasil passa a dar o mesmo tratamento às empresas nacionais e estrangeiras. Se adotada, a política do ministro Paulo Guedes inviabilizará qualquer projeto nacional de desenvolvimento industrial.

Ao implodir a indústria de infraestrutura nacional, a operação comandada por Sérgio Moro “limpou a área” do mercado nacional para a atuação das empreiteiras estrangeiras. Em agosto de 2019, o governo Jair Bolsonaro assinou um protocolo com os Estados Unidos para abrir o segmento de infraestrutura às empresas norte-americanas. Semelhante à lógica adotada no Iraque pós-guerra, o memorando foi assinado com secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross.

Antes da Lava Jato, as empreiteiras nacionais ocupavam 2,5% do mercado mundial do setor, com a Odebrecht vencendo concorrências internacionais, inclusive nos EUA. As empreiteiras nacionais responderam, historicamente, por metade da formação bruta de capital fixo do país – indicador que mede a capacidade produtiva nacional.  A posição adotada pelo governo Bolsonaro aprofunda a política de desnacionalização que orientou o golpe de Estado, em 2016.

Negação histórica

A medida também contraria apostas históricas de promoção de conteúdo local para promover a indústria nacional. Nos anos setenta, legislação adotada pelo presidente Ernesto Geisel permitia que a Petrobras comprasse produtos de empresas nacionais até pelo dobro do preço externo. Nos governos Lula e Dilma, a política de “conteúdo local” estimulou as cadeias de petróleo e gás e a indústria da construção civil. O Plano Brasil Maior, por exemplo, concedia preferência de até 25% a produtos nacionais em licitações nas áreas de defesa, medicamentos, maquinário e têxteis, como uniformes fornecidos às Forças Armadas.

Experiência do Iraque

No caso do Iraque, após a destruição da infraestrutura do país, as empreiteiras norte-americanas ocuparam o mercado local. Em abril de 2003, a BBC noticiava que “empresa dos EUA fatura contrato para reconstruir Iraque”. A premiada era a empreiteira Bechtel, o quinto contrato fechado pela Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos (USAIDS). Por um valor de até US$ 680 milhões, a empresa se encarregava de reconstruir usinas, redes de água e esgoto, escolas, hospitais e prédios do governo.

 

Por PT no Senado

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100