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Parlamentares da Bancada do PT na Câmara ocuparam a Tribuna nesta quarta-feira (17) para homenagear os trabalhadores rurais assassinados no massacre de Eldorado de Carajás, que hoje completa 17 anos. O massacre aconteceu em 1996, no sul do Pará, quando 155 policiais militares avançaram com armas de fogo contra 1500 trabalhadores rurais, entre os quais mulheres e crianças, e deixou um saldo de 19 camponeses mortos, quase 70 gravemente feridos e dezenas de outros feridos.
O deputado Marcon (PT-RS) lembrou que o Dia Internacional de Luta pela Terra, 17 de abril, surgiu “infelizmente” por causa do massacre de Eldorado dos Carajás. “Até hoje, ninguém foi punido pelo massacre e os sobreviventes, mutilados tanto física quanto psicologicamente, continuam sem receber a devida assistência médica. O que ocorreu em Carajás nos dá força e clareza para lutar, pois enquanto houver latifúndio, a desigualdade, violência e falta de democracia no Campo vão continuar”, disse.
O deputado Padre João (PT-MG) manifestou indignação com a impunidade do caso. “Estamos celebrando hoje 17 anos de impunidade, onde companheiros trabalhadores e trabalhadoras foram tombados na luta justa pela conquista da terra, uma luta de pessoas que queriam, de fato, trabalhar”.
O deputado Valmir Assunção (PT-BA) afirmou que é preciso “colocar um ponto final” no assassinato de trabalhadores neste país. “Mesmo decorridos 17 anos, não houve avanços significativos no processo de reforma agrária, muito menos na redução da violência no campo. É preciso colocar um ponto final no assassinato de trabalhadores neste País”.
Durante todo o mês de abril, a Via Campesina e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam mobilização no país inteiro com jornadas de lutas, ocupações, marchas e diversos atos para pressionar o governo a priorizar a pauta da reforma agrária.
Gizele Benitz