A presidenta Dilma Rousseff comentou para o jornal El País, em entrevista divulgada nesta terça-feira (26), as manifestações que aconteceram no país em junho. Segundo ela, as manifestações pacíficas rejuvenescem um país. Ela lembrou que foi percebido um lado importante, de descontentamento com a qualidade dos serviços públicos.
“Ninguém estava nessas manifestações pedindo uma volta atrás, um retrocesso. O que se pedia era que houvesse um avanço. (…) Essas manifestações eram fruto de dois processos: um processo de democratização e também os processos de inclusão social e de crescimento do salário, do emprego, de crescimento das políticas sociais, que levaram para a classe média milhões de pessoas. Essas pessoas que saíram da miséria tinham reivindicações relacionadas à questão da saúde, da educação, da mobilidade urbana”, disse.
A presidenta ainda lembrou que as manifestações criaram as condições para os cinco pactos propostos por ela em favor do Brasil.“No caso da saúde, nós fizemos o programa Mais Médicos. Tudo que nós prometemos nos cinco pactos nós entregamos. Prometemos uma melhoria considerável na questão da saúde pública, e não só investimentos em postos de saúde, unidades de pronto-atendimento e hospitais, mas na questão dos médicos”, explicou.
Dilma também citou o pacto pela mobilidade urbana, que resultou em um investimento de R$ 143 bilhões em transporte coletivo urbano: metrô, VLT, BRT e corredor exclusivo de ônibus. Ela destacou que é a primeira vez que um governo federal faz esse volume de investimento. No pacto pela educação, foi aprovada a destinação dos royalties e o fundo social do pré-sal para a área.
“E o pacto pela reforma política que nós enviamos para o Congresso e que eu acho que é fundamental, que implica uma reforma eleitoral que trate de tudo – de financiamento de campanha, mas também, em decorrência disso, uma melhoria sistemática na questão ética que é a da corrupção. Agora, a condição para esses pactos é a estabilidade fiscal”, afirmou.
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