O deputado Domingos Dutra (PT-MA) foi eleito, por unanimidade, nesta quarta-feira (7), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Além de Dutra, os petistas Erika Kokay (DF) e Padre Ton (RO) vão ocupar a primeira e segunda vice-presidência, respectivamente.
Dutra terá o desafio de conduzir debates que envolvem a violação dos direitos homossexuais, de moradores de rua, indígenas, encarcerados, entre outros. Ele disse ainda que vai insistir na construção de uma agenda onde o consenso permita realizar atividades internas e, ao mesmo tempo, desenvolver atividades extra Câmara.
“Temos uma série de temas sobre os quais a comissão vai se debruçar e ajudar a encontrar a melhor solução para resolvê-los. É inconcebível a morte de lideranças indígenas, a lentidão na demarcação das terras quilombolas, além dos atingidos por barragens que são prejudicados por grupos econômicos. É preciso combinar o crescimento econômico com igualdade e cidadania”, afirmou Domingos Dutra.
Ao discorrer sobre o desafio da comissão, Dutra lembrou-se do compromisso que tem assumido ao longo de sua história. O petista contou que fez a opção de colocar “energia e o poder concedido pelo voto, em favor daqueles que nada possuem”.
Erika Kokay reforçou que a comissão traduz o compromisso com a busca da condição humana. “A discussão de direitos humanos significa abrir a possibilidade para que as pessoas reafirmem suas singularidades, suas identidades e possam se reconhecer como seres humanos. É um grande desafio essa etapa da nossa história, da história da humanidade, por isso sua centralidade na luta dos direitos humanos”, disse Erika.
Para Padre Ton, a comissão deve focar na retomada do debate sobre a Comissão da Verdade. “ A comissão deve atuar junto ao governo para a instalação da Comissão da Verdade. É importante que o conjunto de parlamentares que compõe A CDH contribua para que essa comissão cumpra o seu verdadeiro papel”, observou o petista.
Benildes Rodrigues
