Parlamentares da Bancada do PT na Câmara ocuparam a Tribuna nesta terça-feira (1º) para registrar os 50 anos do Golpe de 1964 e repudiar a ditadura militar que se instalou no país durante 21 anos. “Por ter vivido o terror da ditadura, eu sei muito bem que no Brasil de hoje não cabe mais ter esse sentimento. A nossa consciência política já se elevou, já cresceu”, disse a deputada Benedita da Silva (PT- RJ). Para o deputado Renato Simões (PT-SP) o Golpe Militar de 64 “hoje está sendo reavaliado e revisto pela sociedade brasileira”.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) prestou homenagem a todos os que lutaram pela resistência e afirmou que a ditadura militar foi algo extremamente pernicioso para o Brasil. “Quem defende a ditadura, ou se beneficiou dela, ou desconhece a história deste País. E não devemos esquecer que a conquista da democracia é um processo permanente. Temos que ser permanentemente vigilantes com a democracia, para que não se repita aquele acontecimento. Ditadura nunca mais!”, enfatizou o petista.
O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) lembrou “os valorosos companheiros e companheiras vítimas da ditadura militar e que tombaram em defesa da liberdade”. Para o deputado Marcon (PT-RS), “temos que repudiar sempre a ditadura militar, porque muitos e muitos brasileiros saíram de casa e não voltaram até hoje”.
“Há 50 anos se instalava neste País uma era de trevas, uma era de mentiras, crimes, prisões, torturas e assassinatos. Precisamos seguir em frente e deixar claro tudo o que o Brasil passou na ditadura. Os avanços que conseguimos na democracia são fundamentais para as novas gerações”, avaliou o deputado Geraldo Simões (PT-BA).
O deputado Padre Ton (PT-RO) alertou que a sociedade brasileira deve ficar atenta aos setores conservadores que tentam minimizar os fatos terríveis ocorridos na ditadura. “A nossa presidente Dilma Rousseff, ela própria vítima daquele período, costuma dizer que é preferível o barulho da imprensa livre do que o silêncio das ditaduras”, disse.
Já o deputado Valmir Assunção (PT-BA) disse que “o dia de hoje é para ser lembrado, para que nunca mais possa se repetir na História do Brasil o que aconteceu há 50 anos, nem tampouco a conivência do Poder Legislativo com a ditadura militar”.
Gizele Benitz
