Dilvanda Faro quer investigação da Polícia Federal sobre ataque a indígenas no Paraná

Deputada Dilvanda Faro, presidenta da Comissão. Foto: Gustavo Bezerra

A presidenta da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, deputada Dilvanda Faro (PT-PA), enviou ofício ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pedindo a entrada da Polícia Federal na investigação do ataque ao Povo Avá Guarani, na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, em Guaíra (PR), que resultou em cinco indígenas feridos por disparo de arma de fogo, dois deles em estado grave. O ataque ocorreu na madrugada desta quarta-feira (28/8). No documento, a parlamentar também solicita reforço do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na região a fim de garantir a segurança da população indígena do local.

A parlamentar destaca no ofício que esse ataque guarda semelhança com outra violência praticada recentemente contra o Povo Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, quando pelo menos 11 indígenas foram baleados, dois deles com gravidade.

“É de conhecimento público a luta desse povo pela preservação de suas terras e direitos, que tem sido ameaçado nos últimos anos por diversos fatores, incluindo invasões, exploração de recursos naturais e a falta de políticas públicas efetivas que garantam sua proteção. Além disso, ainda há a instabilidade gerada pela lei do marco temporal (Lei 14.701/23). O ataque ocorreu “coincidentemente” na véspera da reunião de Comissão de Conciliação da lei do marco temporal”, afirmou Dilvanda Faro no documento.

Punição aos envolvidos   

No ofício, a Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara pede ao ministro Ricardo Lewandowski que “fortaleça o efetivo da a Força Nacional de Segurança Pública e, se possível, que a Polícia Federal investigue quem está por trás dessas ações violentas contra os indígenas, para que seja punido com o rigor da lei, usando todos os meios legais para isso”.

O ataque

Organizações indígenas, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), acusam fazendeiros e seus capangas pelo ataque. Segundo informações destas entidades, tiros de espingarda começaram a ser disparados por volta das 23h de terça (27/8) e se prolongaram por toda a madrugada desta quarta (28).

Ofício na íntegra.

Héber Carvalho com informações do CIMI

 

 

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